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Polí­cia

Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 17, a "Operação Troféu”, alegando a necessidade de colher "novas provas" para robuster conjunto probatório proveniente de celebração de Acordo de Colaboração Premiada relacionado a possíveis atos de corrupção investigados nas operações Replicantes, Hastati e Brutus, além de outros elementos que comprovem o pagamentos de vantagens indevidas em contratos firmados pelas Secretarias de Saúde e de Infraestrutura do Estado do Tocantins em gestões passadas.

Aproximadamente 10 (dez) policiais cumprem 02 (dois) mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal no Tocantins, na cidade de Palmas/TO.

A operação deflagrada nesta quarta tem como foco, segundo a PF, a estrutura de recebimento das vantagens indevidas pelo núcleo de comando da Organização Criminosa - ORCRIM investigada. Para a PF, os elementos reunidos até o presente momento apontam para o pagamento de propinas em espécie, que eram transportadas em envelopes até serem - de acordo com a Polícia Federal, entregues diretamente aos chefes da ORCRIM.

Ainda segundo a Polícia Federal, em ações anteriores, durante a realização de buscas nas residências e nos escritórios ligados aos investigados, os policias identificaram um grande número de envelopes que se suspeitava terem sido utilizados para o transporte dos valores, formalizando, por amostragem, a apreensão de alguns deles. 

A Polícia Federal ainda revela que análises realizadas pela equipe de Policiais Federais conseguiram revelar evidências de que efetivamente se tratavam de envelopes utilizados para o pagamento das propinas, o que foi corroborado e detalhado - segundo a PF, pelas colaborações premiadas firmadas e por outras diligências realizadas. 

De acordo com a Polícia Federal, a ORCRIM é suspeita de ter mantido um sofisticado esquema para a prática reiterada de atos de corrupção, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos e lavagem de ativos, sempre com o objetivo de acumular riquezas em detrimento dos cofres públicos, além de praticar atos de intimidação e embaraço a investigações. 

Operação 

O nome da operação é uma referência a possível motivação que levou os investigados a manterem guardados, alguns por mais de uma década, os envelopes nos quais supostamente eram transportadas e entregues as vantagens indevidas. 

Em razão da Pandemia causada pela Covid-19, foi adotada logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPI’s a todos os envolvidos, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas e investigados.  (PF/TO) 

Saúde 

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) esclareceu que não houve quaisquer operações da PF na sede da pasta nesta quarta-feira, 17. A pasta reforça que os mandados estão sendo cumpridos em Palmas, "contudo, certamente são nas residências ou outros endereços dos investigados". 

Infraestrutura

A secretaria da Infraestrutura, Cidades e Habitação (Seinf) também esclareceu que não houve quaisquer operações da Polícia Federal na sede da Pasta. Segundo a pasta, os mandados estão sendo cumpridos em Palmas, contudo, certamente são nas residências ou outros endereços dos investigados. (Matéria atualizada às 13h19min)