O Ministério Público do Tocantins (MPTO) constatou a perda de 1.534 doses de vacina contra a Covid-19 nos Municípios de Formoso do Araguaia e de Combinado, durante inspeções realizadas por integrantes do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CaoSaúde) nos dias 19 e 26 de janeiro.
Em Formoso verificou-se a perda de 1.282 doses. Foram perdidas 996 da Pfizer, por ultrapassar o prazo de validade (entre outubro e novembro), e 286 da Coronavac, por exposição a temperatura inadequada, e que eram destinadas à saúde indígena.
No momento da inspeção, a equipe do CaoSaúde verificou ainda que faltava comprovar a destinação de 3.409 doses. Nesta terça-feira, 2, o Município de Formoso do Araguaia fez uma retificação e justificou ao MPTO que 621 doses foram destinadas à população indígena. Portanto, não há comprovação de uso de um total de 2.788 doses.
Em Combinado, foram perdidas 252 doses da Pfizer, por ultrapassar o prazo de validade. A inspeção constatou também que o alvará sanitário do local de armazenamento das vacinas não está atualizado.
"O controle do armazenamento, as estratégias de expansão e adesão à campanha de vacinação são prioridade para o Ministério Público, que já visitou diversas cidades de norte a sul do Estado encontrando irregularidades. Um relatório é elaborado para ser enviado ao Promotor de Justiça do lugar, tudo a fim de garantir mais proatividade e resolutividade na fiscalização", afirmou a promotora de Justiça, Araína Cesárea, coordenadora do CaoSaúde.
O promotor de Justiça André Henrique Oliveira Leite, da Promotoria de Formoso do Araguaia, afirmou que está aguardando o relatório para agir. “Vamos instaurar um procedimento para apurar as responsabilidades de quem causou esse prejuízo. É um dano à saúde pública e ao erário. Tanta gente precisando ser imunizada e doses sendo desperdiçadas”, afirmou André.
Em Combinado, quem responde é o promotor de Justiça Lissandro Aniello Alves Pedro, que também tomará providências assim quem receber o relatório completo do CaoSaúde.
Foto: Divulgação/MPTO