Araguaína terá uma grande limpeza do Lago Azul na manhã desse domingo, 13. A área que receberá o serviço fica na região da Via Lago. A ação promovida pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente contará com apoio de outras instituições e moradores voluntários, e ainda terá a participação de duas empresas de reciclagem, que irão recolher parte do lixo para reaproveitamento e o restante será destinado aos aterros sanitários ou de inertes.
Para maximizar o serviço, o diretor de educação ambiental, Fernando de Jesus, explica que a população pode contribuir. “Nós já temos alguns voluntários que estão sempre envolvidos em ações ambientais e é importante a participação de toda comunidade”, afirmou. Haverá distribuição de sacos de lixo, luvas e água para hidratação e ainda será oferecido um café da manhã.
O ponto de encontro será na Praia da Via Lago, às 7 horas, onde os voluntários serão divididos em equipes para a limpeza nas encostas da Via Lago e da praia e também nas regiões mais afastadas com uso barcos e caiaques. “Pedimos ainda que quem tiver embarcações que leve para ajudar nas áreas mais afastadas, onde não é possível ir a pé”, ressaltou o diretor.
Apoio aos voluntários
Além do Meio Ambiente, participarão do evento ainda o BPMA (Batalhão de Polícia Militar Ambiental), Defesa Civil, GMA (Guarda Municipal de Araguaína), Corpo de Bombeiros, Secretaria da Infraestrutura, Associação dos Guardiões do Rio Lontra e a ong Natura-Ativa.
Recuperação histórica
O serviço de limpeza faz parte do Projeto Lago Vivo, que busca a recuperação da flora e fauna da área. A Prefeitura já reintroduziu 41.500 dos 200.000 previstos novos peixes de espécies que estavam extintas nesta região do Rio Lontra.
O Lago Azul, que tem seus limites demarcados da barragem até a foz do Córrego Jacuba, foi formado na década de 1970 com a construção da Central Hidrelétrica (PCH) do Corujão, com 12 quilômetros de extensão. Após o fechamento das comportas, os peixes que subiam o Rio Lontra para desova, no período da piracema, foram impedidos e as espécies que ficaram no lago foram extintas devido à pesca predatória por quase 50 anos.
Mais conservação
Outro trabalho de recuperação será o desassoreamento nas proximidades do Ponte Anjo Gabriel, no Setor Lago Sul. As obras vão retirar a barreira não natural, que impede o curso do rio e afeta o ciclo de vida das espécies aquáticas que utilizam o fluxo natural do rio para os processos de reprodução e alimentação. Além disso, as APPs (Áreas de Preservação Permanente) degradadas serão recuperadas com o plantio de mudas de espécies nativas.