A Universidade Federal do Tocantins (UFT) lançou edital de processo seletivo, por análise curricular, para o curso de licenciatura em Letras-Libras no Câmpus de Porto Nacional. No total, são ofertadas 30 vagas, disponíveis nas modalidades: ampla concorrência, ações afirmativas e reserva legal.
Os interessados em ingressar no curso de Letras-Libras da UFT podem se inscrever a partir do dia 25 de abril. A taxa cobrada é de R$ 60,00 (sessenta reais), mas há a possibilidade de solicitar isenção, no período de 11 a 13 de abril. Lembrando que as inscrições se encerram no dia 12 de maio de 2022.
O PSAC é composto de 2 etapas: Análise Curricular e Entrevista. Todas as informações estão no Edital n° 20/2022.
Conheça o curso
O vice-coordenador do curso de licenciatura em Letras-Libras, Bruno Carneiro, explica que o objetivo da graduação é formar professores que estejam habilitados a ensinar a Língua Brasileira de Sinais tanto aos surdos quanto aos ouvintes. ''Hoje, o Brasil tem uma legislação muito robusta, intensa e favorável à Libras'', afirma.
''Há diversas leis garantindo acessibilidade e educação em língua de sinais. Por exemplo, temos o Decreto Federal n° 5.626 de 2005 que determina que o professor de Libras tem que ser formado no curso de Letras-Libras e também estabelece a disciplina de Libras em todos os cursos de formação de professores'', informa.
Para ele, o grande diferencial do curso da UFT é a forma como ele se estrutura. ''O curso é organizado para que as aulas sejam ministradas diretamente em Libras. Nós temos alunos e professores surdos e ouvintes, assim o estudante quando ingressa se vê num ambiente de imersão, onde tem contato direto não apenas com a Libras, mas com a cultura surda'', explica. Essa convivência potencializa o aprendizado e engrandece os futuros profissionais.
O professor ressalta também que esse é um mercado em expansão, visto que diversas leis e decretos, tanto a nível nacional quanto estadual, estão sendo criados para ampliar a acessibilidade e inclusão de alunos surdos nas escolas. ''Nós ainda carecemos muito de profissionais para ensinar Libras como primeira língua, considerando o currículo bilíngue na educação de surdos, e para os alunos ouvintes, da mesma forma que é ensinado o inglês nas escolas'', destaca.
