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Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 13, a “Operação Planta de Crédito” com cumprimento de mandados de busca e apreensão contra produtores rurais, familiares, empregados e gerentes de banco que teriam realizado financiamentos rurais, com claros desvios de finalidade e em nome de terceiros para cobrir outros financiamentos rurais anteriores, sem o devido plantio de lavoura vinculado à liberação do crédito.

Aproximadamente 18 policiais federais cumprem quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Palmas/TO, Colmeia/TO, Colinas do Tocantins/TO e Palmeirante/TO, todos expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas. 

Durante as investigações a Polícia Federal apurou que um grupo familiar se utilizava de empregados para requerer financiamentos rurais. Após a concessão dos empréstimos, os valores eram repassados para este grupo, que quitava financiamentos anteriores. Segundo a PF, a liberação do crédito contaria com a participação de funcionários da instituição financeira concedente, que receberam benefícios para aprovação dos financiamentos. O montante das operações de crédito é de pelo menos R$ 1,2 milhão de reais.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude em financiamento bancário, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa, cujas penas somadas podem ultrapassar 28 anos de reclusão, bem como podem ter bens penhorados para ressarcir a instituição financeira vítima.

Operação Planta de Crédito

A operação deflagrada pela Superintendência Regional da Polícia Federal no Tocantins fortalece a proteção ao crédito do produtor rural e coíbe o desvio de recursos destinados ao desenvolvimento socioeconômico da região.

Com a ação espera-se colher outros elementos probatórios em desfavor dos investigados e de eventuais envolvidos que tenham participado e/ou se utilizado da fraude e de seus recursos.

O nome “Planta de crédito” refere-se à prática de sucessivos financiamentos de lavoura sem a efetiva produção rural, denotando que a única semente efetivamente plantada eram contratos bancários. 

Em razão da Pandemia causada pela Covid-19, foi adotada logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPI’s a todos os envolvidos, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas e investigados.  (PF/TO)