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Saúde

Foto: Divulgação

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Data estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial da Doença de Chagas é definido para esta quinta-feira, 14, e a Secretaria Estadual de Saúde (SES-TO) faz um alerta sobre a a doença e também incentiva as secretarias municipais de saúde a realizarem ações de conscientização com a população tocantinense. 

De acordo com a assessora técnica da doença de chagas da SES-TO, Anália Celencina Fagundes Gomes, para evitar as formas de transmissão da doença de chagas no Tocantins, a Secretaria realiza desde 2005, uma reunião anual de avaliação e planejamento das atividades de vigilância, prevenção, controle da doença com as 139 secretarias municipais de saúde.

Ainda segundo a técnica, os municípios são orientados a realizarem atividades estratégicas que asseguram a detecção do risco de haver transmissão da doença em suas cidades. "As ações são programadas anualmente em seus planos operacionais de saúde pública e pactuadas nos respectivos conselhos municipais de saúde. Sendo devidamente acompanhadas e relatadas quadrimestralmente pela Assessoria Técnica da Doença de Chagas/SES-TO.” ressalta.

Doença de Chagas

A doença de Chagas é uma enfermidade infecciosa aguda e crônica causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Na maioria dos casos ela é silenciosa, podendo vir a comprometer a saúde do coração e do sistema digestivo da população em geral.

As principais formas de transmissão da doença são a vetorial, oral, vertical, transfusional e acidental; sendo o vetor da transmissão primária da doença um inseto triatomíneo mais conhecido como “barbeiro”.

Dados da doença

Segundo a OMS, estima-se haver entre 6 e 7 milhões de pessoas contaminadas pela doença de chagas no mundo. No Tocantins, no período de 2007 a 2021 ocorreram 57 novos casos da doença na forma aguda. E devem ser acompanhados e avaliados anualmente pelas secretarias municipais de saúde onde ocorreram estes casos.

O atual perfil epidemiológico da doença no Tocantins revela potencial risco de haver transmissão vetorial da doença. Isto devido à urbanização do vetor, o barbeiro, que viabiliza um número maior de pessoas expostas ao risco de adoecimento.

Panorama epidemiológico

Em 2021, foram capturados 3.245 triatomíneos (barbeiros) em 110 municípios do Estado, sendo que em 70 destes municípios, 355 triatomíneos estavam infectados por Trypanosoma cruzi. Contendo assim, riscos de haver transmissão vetorial da doença através da captura do vetor infectado, possibilitando o contato dos moradores com as fezes infectadas do vetor.

Segundo a Saúde, dos 110 municípios, em 76 deles a captura do vetor foi na zona urbana, sendo que em 39 deles foi detectado risco da transmissão domiciliar. A SES explica ainda que dos 110 municípios, em 33 deles houve captura do vetor em prédios públicos e em 11 deles o vetor foi capturado infectado.