Após divulgação do Informe Técnico da 8ª Campanha Nacional de Seguimento e Vacinação de Trabalhadores da Saúde contra o Sarampo do Ministério da Saúde (MS), a Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus) alerta os pais sobre a importância da vacina que imuniza contra o sarampo, caxumba e rubéola. Essas doenças podem ser evitadas com a vacinação, que está disponível na rede municipal de saúde da Capital.
De acordo com o informe, o Brasil notificou no período de 2018 (reintrodução do vírus no País) a 2021, 39.342 casos de sarampo e 40 óbitos. O documento informa também que até a 8ª Semana Epidemiológica deste ano, o Brasil confirmou nove casos, oito no Amapá e um em São Paulo.
A Vigilância em Saúde da Semus informa que a Capital não tem casos notificados de sarampo, porém, tem registro de casos suspeitos e também confirmado de caxumba e varicela (a catapora). “São doenças imunopreviníveis e poderiam ser evitadas com a vacinação”, observa o gerente da Central Municipal de Rede de Frio (Cemurf), enfermeiro Hugo Botelho, ao informar que nos últimos 10 anos as autoridades de saúde observaram sucessivas reduções das metas de imunização no País.
Botelho informa que, mesmo executando diversas estratégias, a meta de 95% da cobertura vacinal da tríplice viral em Palmas está em queda desde 2019, quando registrou 81,72% com a primeira dose; em 2020, 80,19% e no ano passado, 2021, o percentual chegou a 71,13% de imunizados.
Conforme Hugo, os novos registros de doenças consideradas erradicadas no Brasil, a exemplo do próprio sarampo, estão relacionados a essa baixa adesão de muitos pais em não vacinar seus filhos. “O retorno dessas enfermidades é a resposta da falta de imunização. A vacinação é necessária, justamente, para evitar que os casos aumentem, pois controla a incidência das doenças e deve ser tomada mesmo que não existam casos ou surtos recentes”, alerta.
Patologias
O infectologista da rede de saúde pública, Alexandre Janotti, explica que além da caxumba e do sarampo, a vacina tríplice viral imuniza também contra a rubéola, uma doença viral aguda e muito contagiosa, que apresenta grandes riscos, principalmente para gestantes, acarretando inúmeras complicações para mãe e para a criança.
“As três patologias, por se tratarem de aspectos virais, não possuem tratamento, portanto, a melhor medida de combate é a prevenção, feita por meio da vacinação. A infecção destas doenças se espalha rapidamente e pode ser extremamente perigosa para quem não está imunizado”, orienta o especialista lembrando que vacina tríplice viral é indicada para proteger contra os vírus destas doenças, em adultos e crianças com mais de 1 ano de idade, prevenindo o desenvolvimento destas doenças e suas possíveis complicações para a saúde.
Quando tomar
O enfermeiro Hugo Botelho reforça que a vacina tríplice viral deve ser administrada em duas doses, sendo a primeira dose aos 12 meses e a segunda entre os 15 e 24 meses de idade. Após duas semanas da aplicação, a proteção é iniciada e o efeito deve durar para a vida inteira. Segundo ele, em alguns casos de surto de alguma das doenças cobertas pela vacina, o Ministério da Saúde pode orientar a realização de uma dose adicional.
A tríplice viral é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Palmas, a população pode procurar uma das Unidades de Saúde da Família abaixo relacionadas.
Unidades disponíveis de segunda a sexta-feira
08 às 12 horas
USF Arno 71 (603 Norte)
USF Francisco Júnior Arso 41 (403 Sul)
USF Arse 82 (806 Sul)
USF Bela Vista
USF Arso 111 (1.103 Sul)
USF Taquari
USF Santa Bárbara
USF Morada do Sol
13 às 17 horas
USF Arno 41 (403 Norte)
USF Arno 42 (405 Norte)
USF Arne 64 (508 Norte)
USF Deise de Fátima, Arse 13 (108 Sul)
USF Arse 122 (1.206 Sul)
USF Novo Horizonte
USF Santa Fé
08 às 17 horas
USF Liberdade
USF Eugênio Pinheiro, Aureny I (Secom Palmas)