Doença crônica, a hipertensão, um grave problema de saúde pública no Brasil, pode ser prevenida, controlada e tratada na rede municipal de saúde de Palmas. Em alusão ao Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, celebrado nessa terça-feira, 26, a Secretaria Municipal da Saúde (Semus) da Capital, que vem realizando desde o início do mês diversas atividades em suas Unidades de Saúde da Família (USFs) e outras localidades, alerta a população sobre a importância da prevenção à doença.
Dessa forma, nesta terça-feira, 26, os profissionais de saúde dedicaram momentos especiais para compartilharem com os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) informações atualizadas sobre os cuidados com a hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta.
Durante os intervalos de espera dos atendimentos, as equipes multiprofissionais de saúde fizeram rodas de conversa para explicar como acontece a alteração da pressão no organismo e as causas da doença. Na oportunidade, reforçaram que a prevenção passa pela adoção de bons hábitos alimentares e exercícios físicos. Entre os fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença estão a obesidade, o sedentarismo, o estresse, o tabagismo e quantidades excessivas de álcool ou sódio (sal) na dieta.
Enfermeira na USF da Arne 53 (406 Norte), Nígima Bezerra explica que o aumento da pressão ocorre quando o sangue bombeado pelo coração para irrigar os órgãos ou movimentar-se exerce uma força contra a parede das artérias. “Quando medimos a pressão, o ideal é marcar 120 por 80 ou 12 por 8, esse valor é considerado normal. Os indivíduos considerados hipertensos apresentam pressão igual ou maior que 140 por 90, conhecido popularmente como 14 por 9”.
Adesão
O gerente da Linhas de Cuidados à Saúde, enfermeiro Ilton Batista, ressalta que a adesão ao tratamento é o grande desafio dos profissionais e dos serviços de saúde, especialmente na Atenção Básica. “A rede de saúde de Palmas acompanha um modelo assistencial de cuidado ao paciente hipertenso dentro das ações traçadas na Atenção Básica, buscando reconhecer os pacientes com a patologia, oferecendo acompanhamento aos hipertensos, com o aumento do acesso aos serviços de saúde, ofertando as medicações e orientando o seu uso correto, além do estímulo a adoção de dieta e exercícios físicos”, descreve o gerente.
Vigitel
Dados da última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção Para Doenças Crônicas Por Inquérito Telefônico (Vigitel - Brasil 2021) apontaram que, no conjunto das 27 capitais, a frequência de diagnóstico médico de hipertensão arterial foi de 26,3%, sendo 27,1% entre mulheres e 25,4% entre homens. Em Palmas, o levantamento apurou que 23,1% da população apresenta diagnóstico de hipertensão, sendo 24% entre homens e 22,4 entre mulheres.