Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Mundo Pet

Foto: Pixabay

Foto: Pixabay

A pressão alta em pets é uma condição mais comum do que se imagina e pode evoluir de forma silenciosa. Assim como em humanos, a hipertensão em animais ocorre quando há elevação persistente da pressão arterial, o que sobrecarrega o coração, os rins e o sistema circulatório. O problema tende a aparecer como consequência de outras doenças, mas também pode surgir de forma isolada.

O diagnóstico precoce é um desafio, já que em muitos casos a hipertensão é assintomática nos estágios iniciais. A ausência de sinais clínicos claros faz com que o acompanhamento veterinário seja essencial para detectar o aumento da pressão arterial antes que provoque danos. A medição periódica da pressão durante consultas de rotina é a principal forma de identificar a alteração.

Quando os sintomas estão presentes, eles variam de acordo com o órgão afetado. Cães e gatos com pressão elevada podem apresentar dificuldade para respirar, cansaço excessivo, fraqueza ou tosse. Alterações na visão, como dilatação das pupilas e perda parcial da capacidade visual, também podem ocorrer. Em casos mais graves, a hipertensão pode provocar sangramentos oculares ou neurológicos, exigindo intervenção imediata.

A causa da pressão alta em pets costuma estar relacionada a doenças subjacentes. Distúrbios renais, cardíacos ou endócrinos, como o hiperadrenocorticismo, são os principais responsáveis pelo aumento da pressão arterial. Quando a hipertensão é secundária, o tratamento da condição original é o passo mais importante para estabilizar o quadro. Já nos casos em que a origem não é identificada, o controle clínico é voltado à manutenção dos níveis de pressão dentro da faixa normal.

O tratamento da hipertensão inclui o uso de medicamentos que ajudam a dilatar os vasos sanguíneos e a reduzir a resistência vascular, facilitando o trabalho do coração. Substâncias como inibidores da enzima conversora de angiotensina e bloqueadores dos canais de cálcio estão entre as opções prescritas pelos veterinários, sempre conforme a necessidade de cada paciente. A automedicação é contraindicada, pois a dosagem e o tipo de medicamento dependem de uma avaliação específica.

A alimentação também desempenha papel relevante no controle da doença. Dietas com teor reduzido de sódio são recomendadas, especialmente quando há comprometimento renal ou cardíaco. Em alguns casos, o controle de peso é igualmente importante, já que a obesidade pode contribuir para o aumento da pressão arterial. A prática regular de exercícios físicos, sob orientação veterinária, auxilia na manutenção da saúde cardiovascular e no equilíbrio do organismo.

Além do tratamento, a prevenção é fundamental. A realização de exames de rotina, incluindo a aferição da pressão arterial, deve fazer parte do cuidado regular com o pet, sobretudo em animais idosos ou com histórico de doenças crônicas. O monitoramento contínuo permite ajustes precoces no tratamento e reduz o risco de complicações.

O estresse também pode afetar os níveis de pressão dos animais. Situações que geram ansiedade, como ruídos intensos, mudanças de ambiente ou longos períodos de solidão, devem ser evitadas sempre que possível. Manter uma rotina estável e um ambiente tranquilo ajuda no controle da pressão e contribui para o bem-estar geral do pet.

Conheça o nosso mundo pet. 

Observar pequenas alterações no comportamento do animal é essencial. Cansaço fora do comum, apatia ou mudanças no apetite e na respiração devem ser relatadas ao veterinário. A atenção aos sinais e a adoção de medidas preventivas podem garantir um diagnóstico precoce e tratamento eficaz. A hipertensão, embora silenciosa, pode ser controlada com acompanhamento adequado, permitindo que os pets mantenham qualidade de vida e longevidade.