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Cultura

Indigenísmo e registros etnográficos dão o tom de três obras que acabam de ser concluídas com recursos do Fundo Nacional de Cultura, por meio de editais lançados pelo Governo do Estado, via Lei Aldir Blanc. São elas, Manifesto Neo-Tribalismo, de Fernando Schiavini, Arte Cerimonial e Utilitária Krahô – Um ensaio Fotoetnográfico e Memórias de Taquaruçu - Um ensaio etnográfico, ambos idealizados por Simone Moura.

Em Manifesto Neo-Tribalismo, Schiavini - escritor e indigenista reconhecido por seus cerca de 45 anos de atuação junto aos povos originários - e o co-autor Paulo César Araújo - facilitador de Metodologias Colaborativas - propõem a formação de comunidades inspiradas nos modelos tribais antigos, somadas às experiências modernas de organização comunitária e às tecnologias sociais colaborativas, como o Dragon-Dreaming, sociocracia, Forum – Círculo da Confiança, entre outras.

Os livros serão comercializados pela Editora Kelps e de forma independente pelo autor e colocados à venda nas plataformas digitais de venda. 

Arte Cerimonial

Já a obra Arte Cerimonial e Utilitária Krahô – Um ensaio Fotoetnográfico registra a riqueza e diversidade do artesanato do povo Krahô, uma das mais fortes manifestações culturais da etnia. De acordo com Simone Moura, o projeto é uma forma de divulgação no Brasil e exterior desse povo ancestral e foi elaborado para apoiar a associação Centro Cultural Kyire e a Associação Awkêre com a doação de exemplares para serem comercializados em feiras, congressos e festivais que participam. Outra parte da tiragem será distribuída entre instituições públicas e o restante será comercializado pela autora.

Memórias de Taquaruçu

Concebido como livro de mesa de centro, Memórias de Taquaruçu - Um ensaio etnográfico tem o objetivo de promover a difusão do Patrimônio Cultural Imaterial dos mestres do saber das famílias tradicionais, antigos moradores que chegaram à região no final da década de 1930. Com a metáfora da casa, os leitores serão convidados a conhecer todos os recantos das primeiras famílias pioneiras do distrito que está se tornando uma referência turística para a Capital. A tiragem terá distribuição entre instituições públicas, escolas, organizações do terceiro setor.

"Estes projetos foram aprovados pelos curadores dos editais de Cultura por proporem a salvaguarda da memória tocantinense e de um de seus povos indígenas", revela o secretário de Cultura e Turismo do Estado, Hercy Filho, ressaltando a relevância dos projetos financiados pela Lei Aldir Blanc no Tocantins.