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Meio Ambiente

Foto: Luciana Pires

Foto: Luciana Pires

De janeiro a abril deste ano o aterro sanitário de Palmas deixou de receber pouco mais de 113 mil quilos de resíduos, graças ao programa de Coleta Seletiva, mantido pela Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA) e que funciona em parceria com as associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis da Capital. E esse quantitativo pode ser ainda maior, se consideradas as empresas que trabalham a logística reserva de forma privada, bem como as que recolhem vidros, que começaram a operar recentemente, em parceria com o Município.

Dos itens recolhidos, 92.019 mil quilos foram coletados pela Associação de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis da Região Norte de Palmas (Ascampa), 20.761 mil quilos pela Associação de Catadores de Materiais Recicláveis Sólidos de Palmas (Ascamares) e 547 quilos foram coletados pela Cooperativa de Produção de Recicláveis do Tocantins Ltda (Cooperan).

De todo o material, mais de 4 mil quilos são de rejeitos, não sendo possível serem reciclados, por possuir contaminação com lixo orgânico, ou seja, foram descartados incorretamente, inviabilizando seu reaproveitamento. Por isso, a FMA orienta que, antes do descarte, o material passe por uma limpeza prévia e seja acondicionado conforme sua categoria, de lixo seco e não-biodegradável – plástico, papel, papelão, alumínio/metal, caixa tetra pak e vidro, e ainda o lixo úmido e biodegradável, que é o material orgânico.

Orientações

Segundo a responsável pelo Programa Coleta Palmas, a engenheira ambiental Loane Ariela Cavalcante, para descartar os recicláveis é necessária a remoção das sobras de alimento de qualquer plástico ou papel antes de colocá-los no lixo. “Dessa forma se facilita a reciclagem, além de permitir maior reaproveitamento dos resíduos”, destaca Ariela.

A especialista destaca que o material reciclado ajuda a aumentar a vida útil do aterro sanitário e também contribui para a preservação do meio ambiente. Ela lembra inclusive que o lixo orgânico pode ser compostado, para uso como adubo em jardins e hortas domésticas. “Além disso, estima-se que a média de produção de lixo/dia por pessoa seja da ordem de um quilo e é cada vez mais necessário dar uma destinação correta a esses resíduos, de forma a diminuir o impacto no meio ambiente, contribuindo ainda para o bem-estar e conforto climático, e proteção da saúde pública, dentre outros”, ensina Ariela.

Para o presidente da FMA, Fábio Chaves, as iniciativas de sustentabilidade da Gestão Municipal estão encontrando ressonância na população palmense, que a cada dia tem mostrado maior interesse na pauta ambiental. “Hoje é comum encontrarmos pessoas que separam o lixo para descarte correto. Também existem muitos espaços que já separam os resíduos para a reciclagem, a exemplo de comércios, clínicas e condomínios. Até algumas farmácias já recebem medicamentos vencidos para realizar a logística reversa. Isto nos deixa muito contente, uma vez que é um indicativo de que estamos trilhando o caminho certo”, comenta Chaves.

Projetos e Programas

Além do Programa de Coleta Seletiva, a Prefeitura de Palmas, por meio da Fundação de Meio Ambiente ainda mantém o projeto de reciclagem de óleo residual e está em fase de estudo de viabilidade para implantar o projeto de compostagem da fração orgânica e o programa municipal de logística reversa, todos amparados dentro de um programa maior, denominado de Renova Palmas.

Na área de logística reversa, o município apoia e incentiva as iniciativas privadas de recolhimento de materiais tóxicos, a exemplo de pilhas, baterias, termômetros, lâmpadas, agrotóxicos, remédios vencidos, assim como alguns resíduos industriais e hospitalares.

Na última segunda-feira, 02, foi inaugurada a primeira central de logística reversa de eletroeletrônicos e eletrodomésticos de Palmas, em parceria com a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE) e o Instituo Natura Vida (INA) e apoiado pelo Ministério do Meio Ambiente.