O período de estiagem já se aproxima e com ele, alguns cuidados devem ser retomados, para proteção do meio ambiente no que diz respeito a ocorrência de queimadas, tanto nas áreas urbanas quanto rural. Além do poder público, a responsabilidade de evitar o uso do fogo no período mais quente do ano é também da população.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, de 1º de janeiro até o dia 8 de maio já haviam sido registrados 436 focos de queimadas no Tocantins, porém, a maior concentração fica na região do Vale do Araguaia.
E, a intenção da Prefeitura de Palmas, é se antecipar com campanhas educativas e de sensibilização da população quanto a importância de prevenir a ocorrência de queimadas, como forma de proteger o patrimônio natural coletivo, bem como a saúde pública e o bem estar urbano e rural.
O presidente da Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA) e do Comitê Municipal de Prevenção, Controle e Combate aos Incêndios Florestais e Urbanos (PrevIncêndio), Fábio Chaves, lembra que o período seco é a época do ano que mais favorável a ocorrência de incêndios, tanto em áreas urbanas quanto rurais.
“Muitas pessoas têm o hábito de queimar lixo e também de limpar roças e pastos com fogo e a experiência mostra que o fogo pode sair de controle, especialmente em dias de vento e tomar proporções de incêndio”, alerta Chaves. O presidente do lembra ainda que fazer queimadas no período de estiagem pode ser passível de punição pela lei de crimes ambientais.
No entanto, ele afirma que este ano o município de Palmas tem razões para chegar ao período da seca com maior otimismo. “No ano passado conseguimos reduzir bastante a ocorrência de focos de queimadas no município, com diminuição de aproximadamente 70% da área queimada, quando comparado com o mesmo período do ano de 2020. Nossos brigadistas, em parceria com os órgãos ambientais do Estado e do Governo Federal, e ainda com o Corpo de Bombeiros do Estado do Tocantins realizaram um trabalho de excelência”, destacou.
Ainda segundo o presidente da FMA, o município iniciou em 2021 fez um trabalho de recuperação das áreas degradadas pelo fogo, replantando com espécies nativas, logo no início das chuvas, as áreas que foram queimadas e a experiência deve se tornar uma ação permanente do município a partir deste ano.
Prejuízos pelo uso do fogo
Entre os prejuízos ocasionados pela prática de queimadas, destacam-se o comprometimento da qualidade do solo, da água, da vegetação e do ar. Diretamente ao ser humano a fumaça pode agravar doenças respiratórias, além de que o fogo pode causar danos materiais, atingindo casas, plantações e rede elétrica
As orientações do PrevIncêndio é que a população evite a todo custo mo uso do fogo para queimar lixos ou limpar terrenos baldios, roças e pastos, que não jogue entulhos em locais que possam gerar temperaturas altas, especialmente resíduos passíveis de provocar combustão espontânea.
“Um dos principais cuidados é nunca jogar pontas de cigarro nas estradas e ter cuidado para manejar foguetes e fogos de artifícios”, orienta Fábio Chaves.