A dificuldade com a gestão financeira é uma realidade comum entre as famílias venezuelanas que moram em Araguaína. Com o objetivo de levar orientações sobre o assunto e ajudar essa comunidade a administrar a renda obtida, seja por meio do trabalho ou do recebimento do auxílio do Governo Federal, a Prefeitura de Araguaína realizou uma palestra sobre o assunto.
A indígena Warao Adriana Del Carmen, 28 anos, é cuidadora na Casa de Acolhimento Ana Caroline Tenório. Desde que recebeu seu primeiro salário enfrenta dificuldade com a gestão financeira. “É muito difícil saber cuidar do dinheiro porque não lidava com isso, e agora tenho dificuldade em organizar as contas e outras coisas”, contou a venezuelana.
Entendendo o básico
De acordo com a diretora interina de Políticas Públicas Setoriais, Rhaíssa da Rosa, com uma linguagem simples foi possível explicar como podem organizar a rotina financeira. “Abordamos aqui o básico para que essas famílias possam gerir bem o que recebem. Explicamos o simples, como por exemplo, a importância de fazer anotações do quanto recebem, quais as despesas, o que são contas fixas e ensinamos também as operações básicas para a administração do dinheiro da família”.
Segundo dados da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação de Araguaína, hoje são 78 indígenas venezuelanos, da etnia Warao, morando na cidade. Desse total, 14 estão empregados e todos recebem o Auxílio Brasil, do Governo Federal, além do recebimento mensal de cestas básicas.
Ações integradas
A capacitação sobre educação financeira faz parte das ações da Assistência Social do Município, que desde a chegada dessas famílias na cidade segue desenvolvendo iniciativas para assegurar as garantias mínimas da população indígena venezuelana, em conjunto com as secretarias da Educação e Saúde.
Entre as ações já realizadas estão a inscrição das famílias no CAD Único, que possibilita o acesso aos programas do Governo Federal, além de cadastrá-los em programas, como o Bolsa Escola e a entrega de cestas básicas, kits de limpeza e kits maternidade, com fraldas e roupas infantis, além de contribuir com a inserção deles no mercado de trabalho e a oferta de capacitações e outros atendimentos gratuitos.