Há pouco mais de dez dias para o término das férias de julho, a Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus) recomenda alguns cuidados básicos para não contrair malária. Causada pelo parasita do gênero Plasmodium, transmitido ao homem, na maioria das vezes pela picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados, a doença também pode ser transmitida pelo compartilhamento de seringas, transfusão de sangue ou até mesmo da mãe para feto, na gravidez. A transmissão ocorre com mais frequência em pessoas que viajam para áreas silvestres (florestas, matas) e no entorno de corpos d'água (rios, lagos, igarapés).
O alerta da Semus se justifica pelo fato do Tocantins ser um dos estados endêmicos para a doença, a exemplo do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. Além da malária, a Semus reforça os cuidados que os viajantes devem adotar para não contraírem febre amarela, doença transmitida por vetores silvestres (Haemagogus e Sabethes) e urbano (Aedes aegypti).
Especialistas da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) de Palmas observam que a prevenção da febre amarela é feita tomando a vacina. Em relação à malária, somente cuidados preventivos, como cobrir braços e pernas com roupas longas e utilizar repelentes especiais para combater esses mosquitos. O uso de telas e mosquiteiros também é recomendado.
Para reforçar as orientações, a equipe da UVCZ realizou blitz no início do mês de julho na saída para Lajeado e tem feito abordagens em locais de fluxo de passageiros, como o Terminal Rodoviário da Capital. Conforme a coordenadora técnica do controle vetorial da UVCZ, Lara Betânia Melo Araújo, as abordagens para orientar sobre sobre os riscos de transmissão dessas duas doenças são importantes, tanto para os moradores da Capital que estão saindo de viagem e também para quem esteja vindo para cá. “Uma viagem pode expor a pessoa a agravos à saúde, como acidentes, violência, riscos relacionados às condições ambientais e transmissão de doenças infecciosas. Os riscos de adoecimento durante uma viagem são variáveis e dependem de características do indivíduo, mas prevenir é o melhor caminho”, explica a especialista.
Saiba mais
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada pela picada da fêmea infectada do mosquito (Anopheles), que hospeda o parasita do gênero Plasmodium. Popularmente, esse mosquito pode receber diversos nomes, como muriçoca, sovela, mosquito-prego, carapanã ou bicuda. Os ataques de febre que se repetem a cada 48 ou 72 horas indicam a ocorrência da doença. São acompanhados por calafrios, tremores generalizados, delírios, dor de cabeça e vômitos.
A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela. (Secom Palmas)