Apesar dos últimos acontecimentos no cenário econômico, a meta de investir na aquisição de um automóvel ainda permanece na lista de desejos de grande parte dos brasileiros. Um levantamento realizado em julho pela companhia de comércio eletrônico OLX identificou que mais de 70% dos consumidores apresentam a intenção de adquirir um carro nos próximos 12 meses. Outro ponto observado no estudo foi o aumento do número de pessoas que pretendem realizar as operações de compra e venda (55%).
De acordo com Daniel Abbud, CEO e fundador da Dryve, fintech de financiamento digital de automóveis, entre os fatores que contribuem para esse aquecimento estão as alternativas de pagamento. O executivo enxerga, por exemplo, na análise de crédito o principal caminho para concretizar o sonho do carro próprio. Ao longo do primeiro semestre de 2022, a empresa chegou a registrar na plataforma um crescimento de 55% nos pedidos de financiamento em todo o território nacional.
“Seja para adquirir um modelo novo, seminovo ou usado, é necessário um alto investimento, o que torna a compra do automóvel à vista muitas vezes inviável e o acesso ao crédito a alternativa mais rápida. Na prática, trata-se de uma espécie de empréstimo concedido por instituições financeiras públicas ou privadas, que utilizam o carro a ser adquirido como garantia de pagamento”, pontua o CEO. Pensando em auxiliar os consumidores a obterem sucesso no processo de financiamento de automóvel, Abbud listou as principais dicas. Confira abaixo:
Nome limpo
Para as financeiras, estar dissociado de dívidas é uma motivação para se ter confiança nas negociações, visto que aqueles com o nome sujo apresentam maiores chances de inadimplência no pagamento. “A falta de comprometimento financeiro pode acontecer por diferentes causas que muitas vezes estão além do controle do consumidor, como a perda da fonte de renda. No entanto, garantir que as finanças estejam equilibradas antes de ir em busca da análise de crédito é fundamental, além de uma renda comprovada”, diz o executivo.
Histórico bancário
Na hora de fechar o financiamento de um veículo, um dos pontos de atenção das instituições financeiras é o histórico bancário do solicitante. “O consumidor pode até ter o nome limpo, mas está no limite do cheque especial ou pagando a fatura do cartão com alguns dias de atraso. Os bancos tem acesso a esse tipo de informação e as utilizam no momento da avaliação do pedido. Quanto mais livre de dívidas, renegociação, empréstimos e afins , melhor”, afirma o CEO.
Valor de entrada
Quando o consumidor propõe uma baixa quantia de pagamento inicial, pode transmitir a ideia de que não houve um planejamento para a realização da compra do automóvel ou até mesmo que está sem condições de se comprometer com um investimento relevante como a aquisição de um carro.
“O mercado costuma trabalhar com a média de 10% do valor total como um parâmetro mínimo de entrada, enquanto que os 90% restantes podem ser financiados. Mas se houver a possibilidade de um aporte entre 20% a 30%, as chances de aprovação aumentam bastante. Lembrando que nessa segunda alternativa tem a vantagem de o valor a ser financiado ficar menor, reduzindo o custo das parcelas”, finaliza o executivo