O Tocantins gerou, em julho, 2.527 novos postos formais de trabalho e é o terceiro Estado da região Norte que mais criou empregos no sétimo mês do ano. Dos sete estados da região, apenas o Pará, com 5.951 novas vagas, e o Amazonas, com 3.620, superaram o Tocantins.
Os dados são do Novo Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, criado como registro permanente de admissões e dispensa de empregados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O Caged serve como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho e, desta forma, subsidia a tomada de decisões para ações governamentais.
O Brasil fechou julho com um saldo de 218.902 novos postos formais de trabalho gerados. Ao todo, foram criados 1,56 milhão de novos empregos nos sete primeiros meses de 2022. Com isso, o país conta hoje com mais de 42,239 milhões de empregos formais, um novo recorde histórico.
Em termos de comparação, o estoque mensal de empregos formais no Brasil em julho de 2021 era de 39,689 milhões. Ou seja, em um ano houve um acréscimo de mais de 2,549 milhões de novos empregos.
Em toda região Norte foram abertas mais de 16 mil novas vagas formais de trabalho em julho. Todas as 27 Unidades da Federação registraram saldo positivo no número de empregos criados em julho e seis estados geraram mais de dez mil novas vagas formais: São Paulo (67.009), Minas Gerais (19.060), Paraná (16.090), Rio de Janeiro (13.434), Bahia (13.318) e Ceará (10.108). Além desses, dois estados se aproximaram da marca: Pernambuco (9.113) e Goiás (9.080).
Os mais de 67 mil novos empregos criados em São Paulo contribuíram de forma decisiva para que a Região Sudeste se destacasse nacionalmente como a que mais novos postos com carteira assinada registrou no sétimo mês deste ano: quase 100 mil vagas (99.530).
O Nordeste aparece em segundo lugar, com um saldo positivo de 49.215 vagas. Na sequência, estão o Sul, com 28.152, o Centro-Oeste, com 25.179, e a Região Norte, com 16.080 novos postos.
Setores da economia
Os dados do Caged reforçam que o desempenho do setor de Serviços segue em crescimento, com mais de 81.873 novos postos formais em julho. Em segundo lugar aparece o setor da Indústria, com mais de 50.503 postos, seguido do Comércio (38.574), da Construção civil (32.082) e da Agropecuária (15.870).
Levando-se em conta os sete meses deste ano, o maior destaque fica por conta do setor da Construção civil, que registrou um crescimento de quase 10% (9,38%) no estoque de empregos formais. Vale ressaltar que todos os demais setores registram saldo positivo neste ano, com os Serviços tendo gerado 874.203 vagas e a Indústria chegando a 266.824 novos postos.
População ocupada
A trajetória de recuperação do mercado de trabalho brasileiro segue em direção ascendente, com a população ocupada tendo chegado a 98,7 milhões de pessoas em junho deste ano. O número representa um avanço de 9,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Após o ajuste sazonal, o contingente de 101,2 milhões de ocupados em junho de 2022 foi 1,4% maior que o observado em maio, alcançando o assim um novo recorde da série, iniciada em janeiro de 2012. Os dados fazem parte da publicação Indicadores Mensais do Mercado de Trabalho - junho de 2022 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).