Você sabe o que é coprofagia? Na coluna dessa semana o Conexão Tocantins vai explicar o que é como evitar esse hábito que deriva da junção das palavras em latim “copro”, que significa fezes e “fagia”, que significa ingestão, e como já é possível entender se caracteriza pelo hábito do cão em comer as próprias fezes ou as fezes de outro animal.
Esse comportamento, além de outros hábitos e manias, pode estar associado a fatores biológicos ou comportamentais e boa parte foram herdados de seus ancestrais e da evolução da espécie.
Ingerir as próprias fezes pode ser um comportamento normal dependendo da situação, mas também pode ser um sinal de que há um problema com o pet ou com o manejo dele.
“Para indicar procedimentos que amenizem o problema, o médico veterinário precisa fazer uma avaliação do animal, buscando o histórico do bichinho e entendendo a rotina da casa. Muitos cães podem comer o próprio cocô por ansiedade, por doenças e por problemas comportamentais e biológicos”, explica Frederico Fontanelli Vaz, médico-veterinário e coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera.
Alguns estudos dessa área não chegaram ainda a uma conclusão fechada sobre os motivos de tal comportamento, mas os indícios apontam que ele é mais comum entre raças como Shih-Tzu, Yorkshire, Spitz Alemão, Lhasa-Apso, Hounds e Terriers.
Mas é possível verificar que é mais comum acontecer a coprofagia com cachorras que acabaram de parir podem comer as fezes dos filhotes para deixar o ambiente limpo e filhotes, que podem seguir o comportamento da mãe e comer suas próprias fezes ou dos irmãos.
Fatores comportamentais também podem ser a causa, como ansiedade, isolamento, tédio e falta de estímulos e brincadeiras, ou ainda para chamar atenção do dono.
O medo de levar broncas por defecarem em algum local proibido, principalmente quando as broncas são frequentes quando filhotes, é um fator que deve ser considerado.
Por fim, fatores biológicos como dieta restrita ou pobre em nutrientes podem fazer com que o pet ingira as fezes para saciar sua fome e necessidades de calorias do organismo.
Outros fatores biológicos são problemas no trato intestinal, em que o organismo do animal não consegue absorver todos os nutrientes da comida, e o pet ingere as fezes por instinto para repor as substâncias não absorvidas; ambiente com pet dominante, que pode comer mais do que um segundo ou terceiro animal da casa, o que acaba fazendo com que o cachorro em desvantagem coma o próprio cocô; e cães que, sem explicação biológica, podem se sentir atraídos pelo cheiro, textura e sabor do próprio cocô.
Para resolver o problema da coprofagia, além de identificar a origem do comportamento com auxílio de um médico-veterinário, os tutores podem tomar medidas simples como manter o ambiente limpo e recolher o cocô assim que possível, oferecer distrações aos pets, caso o motivo seja estresse e tédio, oferecer comida suficiente, suplementação vitamínica e separar os potinhos de ração em cômodos diferentes, quando o cachorro dominante não deixa comida para os demais da casa.