Coibir a pesca predatória no período da piracema, o transporte irregular de pescado e o tráfico de animais silvestres foram alguns dos objetivos de mais uma operação do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). Conforme balanço divulgado nesta quarta-feira, 11, pela Gerência de Fiscalização Ambiental vinculada à Diretoria de Proteção e Qualidade Ambiental (DPQA), mais de quatro mil metros de redes foram recolhidos e R$ 7 mil em autos de infração.
No extremo Norte do Tocantins, foram percorridos 173 km no rio Tocantins pelos municípios de Itaguatins, São Miguel do Tocantins, Praia Norte, Sampaio e São Sebastião do Tocantins. A ação coordenada pela equipe de fiscalização do Polo II do Naturatins, sediado em Araguaína, resultou no recolhimento de aproximadamente 3.500 mil metros de redes de emalhar, duas tarrafas, uma ave passeriforme conhecida popularmente como coleiro (Sporophila caerulescens), além da aplicação de multa no valor de R$ 700,00 pelo exercício da pesca em período no qual a mesma é proibida. A ação foi liderada pelo chefe do pólo de Araguaína, Orleans Silva.
O gerente de Fiscalização do Naturatins, Cândido José dos Santos Neto, explica que as ações de fiscalização serão intensificadas até o final da piracema, em 28 fevereiro, e que as frentes de trabalho nas últimas ações mobilizaram além região do Bico do Papagaio, equipes no Parque Estadual do Cantão (PEC) liderada pelo fiscal João Sallim Bucar; de Palmas, liderada por Erivaldo Martins e de Formoso do Araguaia, por Romário Maracaípe. “Como de praxe em todas as operações ambientais, foram feitas também trabalho de educação ambiental, blitz diurna e noturna em rodovias estaduais e municipais no sentido de ampliar a importância de se preservar o meio ambiente, as espécies, as águas e a fauna e flora”, detalhou o gerente ao reforçar a parceria das instituições, nesta ação em especial o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) e a prefeitura de Formoso.
No Cantão, equipes de fiscalização ambiental do Naturatins em parceria com BPMA navegaram pelas águas dos rios Coco e Araguaia. Foram abordadas mais de 50 pessoas entre turistas, ribeirinhos e moradores locais que foram orientadas sobre período de vigência da piracema e do transporte de pescados. Em três dias de atuação, foram apreendidos mais de 100 metros de rede de pesca, anzóis, linhas, molinetes de pesca, caixa térmica e caixas de suporte de pescaria. E, ainda, 10 kgs de peixes das espécies piau, pacu, piau voador e piau cabeça gorda. O pescado apreendido foi doado às famílias carentes sob comprovante de entrega e registro fotográfico para posterior elaboração de relatórios de atividades ambientais dos órgãos envolvidos na operação. Em Palmas, 450 metros de rede foram retirados do Lago e o trabalho de educação ambiental realizado durante abordagens em blitz. Na região Sul, foram aplicados mais de R$ 7 mil em autos de infração.