Na manhã desta sexta-feira, 13, após relatório do Sistema Integrado de Operações do 2º Batalhão da PM, em Araguaína, apontar que 33% das chamadas atendidas no 190, no período de julho a dezembro de 2022, tratar-se de trote, a Polícia Militar orienta a população sobre tais registros, por se tratar de ato criminoso previsto em Lei.
O relatório computa que das 18.377 ligações recebidas pelo 190 de Araguaína, 6.047 chamados são acionamentos falsos. Esse tipo de chamado geralmente envolve informação inverídica que, na maioria das vezes, causam transtornos ao serviço policial, suspensão ou atraso no emprego de viaturas e de prestação de socorro.
Para o comandante do 2º BPM, tenente-Coronel Valdeonne Dias da Silva, “os trotes atrapalham o atendimento policial a quem realmente necessita de ajuda. O que temos percebido é que muitas dessas ligações são feitas por crianças, que geralmente estão sem acompanhamento de um adulto. Mas há também casos que pessoas adultas ligam, passam pela triagem da equipe de atendimento, no entanto, quando as viaturas são deslocadas, deparam-se com comunicação falsa de ocorrência”.
O comandante do 2º BPM ainda enfatiza que a Polícia Militar tem se esforçado para atender a demanda da comunidade e os dados criminais de 2022 apontam, em Araguaína, redução das principais ocorrências em comparação a 2021, 2020 e 2019, principalmente, no que diz respeito aos crimes contra o patrimônio, que incluem roubos e furtos. Os índices dessa modalidade de crime, pelo quarto ano consecutivo, apresentam redução, com destaque para a queda de 14% nas ocorrências de roubo em relação ao ano passado. E esse resultado pode ser melhor se o cidadão evitar acionamentos falsos, pois dessa forma as guarnições não são deslocadas desnecessariamente e não perdem tempo, podendo ser empenhadas com mais efetividade em ações preventivas.
O 2º BPM alerta que o Código Penal Brasileiro determina prisão de um a seis meses ou multa para quem passa trote. A Polícia Militar orienta a pais e responsáveis que deixem telefones fora do alcance de crianças e monitorem as chamadas dos celulares de adolescentes, além de não compartilhar informações falsas. (PM/TO)
