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Meio Ambiente

Foto: Divulgação/Naturatins Redes recolhidas são destinadas à reciclagem Redes recolhidas são destinadas à reciclagem

Com o objetivo de coibir a pesca predatória nos cursos hídricos tocantinenses, bem como o cumprimento da Portaria nº 152/2022, que define o período de defeso nos rios e lagos do Tocantins, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e o Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) realizaram mais uma etapa da Operação Piracema. Ao todo, foram recolhidos 14,7 mil metros de redes resultados das ações fiscalizatórias executadas nas regiões do Bico do Papagaio, Norte, Central e Sudeste.

Na região do Bico do Papagaio, a ação ocorreu entre os dias 25 e 30 deste mês nos rios Araguaia e Tocantins, nos municípios de Xambioá, Araguatins, Esperantina e São Sebastião do Tocantins. A equipe extra de fiscalização foi formada pelos fiscais Antoniel Gouveia, Joel Ronald, John Holanda, Dayane Brandão, Leandro Saorim e Gervázio Costa; e os motoristas Sharles Salazar e Luís Moreira foram responsáveis pelo apoio logístico terrestre.  “Estrategicamente, a equipe se subdividiu em duas sub equipes, percorrendo de forma simultânea as duas margens dos Rios Araguaia e Tocantins, bem como, os seus afluentes e todo o entorno de pequenas lagoas e ilhas”, informou o fiscal Antoniel Gouveia.

Foram recolhidas mais oito mil de redes malhadeiras de diversas malhas; cinco espinhéis; três tarrafas; quatro varas com molinete/carretilha; uma arma de fogo – espingarda calibre 22; um animal silvestre abatido - capivara; e 20 kg de pescado.

Todo o material apreendido foi transportado para a sede do Naturatins em Palmas e armazenado para posterior destinação à Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Palmas (ASCAMPA), onde é realizada a triagem de materiais para reciclagem sob a supervisão do órgão ambiental.

“O pescado ainda vívido foi despescado e devolvido ao seu habitat natural, onde continuará seu ciclo reprodutivo, mantendo assim sua função vital no equilíbrio do ecossistema aquático local. Já o produto da apreensão do pescado foi doado às pessoas em estado de vulnerabilidade econômica no município de Buriti do Tocantins”, informou o gerente de Fiscalização, Cândido José dos Santos Neto.  “Quanto ao produto da caça ilegal, este foi descartado e inutilizado no aterro do município de Araguatins”, completou o gerente.

Dado que a ação fiscalizatória ocorreu em área fronteiriça entres os estados do Tocantins, Pará e Maranhão, a equipe intensificou o trabalho de educação ambiental, levando aos ribeirinhos dos três estados, informações pertinentes à normatização da pesca face à legislação ambiental vigente.

Em atuação conjunta com o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), outra ação fiscalizatória aconteceu no período de 26 a 29 deste mês nos municípios de Barra do Ouro, Filadélfia, Babaçulândia, Palmeiras, Aguiarnópolis e Tocantinópolis.  Foi realizada fiscalização embarcada nos municípios citados com o objetivo de coibir a pesca em período proibido, bem como o trabalho de educação ambiental. Foram recolhidos 1.200 metros de rede, um molinete, uma tarrafa e uma arma de fogo.

Já na região central, equipe realizou patrulhamento aquático e terrestre em todo o trecho entre o município de Ipueiras até Miracema, na oportunidade foram fiscalizados o Lago da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães (UHE Lajeado), e na foz dos afluentes do Rio Tocantins: o Rio Manoel Alves, Rio São Valério, Rio Surubim, Rio Areias, Mangues, Carmo e Rio Providência. Mais de cinco mil metros de redes de emalhar foram recolhidos e ainda atividades de educação ambiental com a comunidade local. No Parque Estadual do Cantão (PEC), ações de fiscalização resultaram na apreensão de 300 metros de redes.