Todo tutor, antes de programar qualquer passeio, sempre se pergunta: será que posso ou é adequado levar o pet no lugar que pretendo ir? Como bem sabemos o Carnaval está aí e, mesmo após as datas oficiais, o mês de fevereiro é marcado pelos bloquinhos realizados em espaços públicos e ao ar livre.
Tem tutor que inclui o pet na folia, inclusive fantasiados, para deixá-los fazer parte de um momento considerado divertido para os humanos. Mas será que esses ambientes são adequados para eles? O Conexão Tocantins foi tirar essa dúvida com geneticista Camilli Chamone, que também é consultora em bem-estar e comportamento canino.
"Apesar de muitos carnavais serem ao ar livre, a música geralmente é bem alta e há um aglomerado de pessoas, o que pode assustá-los, além de encontrarmos restos de comidas e bebidas facilmente espalhadas pelo chão, que ao serem ingeridas, podem fazer mal", alerta a consultora.
Outro ponto a se considerar é que estamos em pleno verão, com altas temperaturas. Os cães regulam a temperatura do corpo através da respiração: ou seja, eles respiram para eliminar ar quente de dentro do organismo e inspirar ar frio. Porém, se o ar externo já está muito quente, eles não conseguem resfriar seu próprio corpo.
Assim, o ambiente carnavalesco reúne diversos elementos que não são favoráveis aos pets. "Cachorros têm comportamentos naturais diferentes dos nossos, que envolvem, por exemplo, farejar, roer, e cavar, e nada disso será proporcionado, a eles, em festas de carnaval", afirma Chamone.
Para proporcionar bons momentos aos pets são indicados outros tipos de folia, como um passeio no parque ou uma viagem com muita natureza, pois trará a ele cheiros diferentes, estimulando o olfato, considerado o seu principal sentido, além de ações como cavar e marcar território.
Mas, se o tutor não quer de jeito nenhum perder a folia nos bloquinhos, o melhor é deixar o pet no conforto de sua casa, mas com atrações que o deixará com o bem-estar elevado.
"É possível enriquecer o ambiente ao esconder petiscos pela casa, por exemplo, colocando o olfato para trabalhar, ou deixar um osso para roer. Assim, todos podem curtir aos seus modos, com o respeito aos gostos e às necessidades de cada espécie", finaliza a Chamone.