A Secretaria de Estado dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot) garante a participação de 90 indígenas do Tocantins no Acampamento Terra Livre (ATL) que ocorre em Brasília/DF, de 24 a 28 de abril. Essa é a maior delegação do Tocantins presente no Acampamento Terra Livre e conta com a participação da secretária Narubia Werreria.
“É uma satisfação muito grande saber que estamos contribuindo para que hoje tivéssemos a maior delegação de povos Originários da história do Tocantins no maior encontro indígena do país, o que garante a expressiva participação nos principais debates e articulações nacionais, sobretudo neste momento que temos um ministério conduzido por uma mulher indígena e a Funai [Fundação Nacional do Índio] também é conduzida por Joenia Wapichana, uma mulher indígena”, enfatizou a titular da Sepot, Narubia Werreria.
A delegação é composta pelos povos Javaé, Kanela, Karajá, Krahô e Xerente. A Sepot contou com a parceria das Secretarias de Estado da Segurança Pública; da Cidadania e Justiça; do Meio Ambiente e Recursos Hídricos; e Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), cuja articulação também está garantido uma van específica para as mulheres coordenadoras do Instituto Indígena do Tocantins (Inditins).
O ATL chega à 19ª edição. O evento é a maior mobilização indígena do Brasil e é realizada em Brasília no período de 24 a 28 de abril de 2023, com o tema: O futuro indígena é hoje. Sem demarcação, não há democracia!. Neste ano, o ATL conta com o apoio do Ministério dos Povos Indígenas e do Meio Ambiente.
Organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o evento vai debater cinco eixos temáticos: Diga ao povo que avance; Aldear a Política; Demarcação Já; Emergência Indígena; e Avançaremos.
Além das ações previstas nos eixos temáticos, a programação contará ainda com a realização de três marchas pelas ruas de Brasília. Acompanhe a programação pelas redes da Sepot e da Apib.
Histórico
O primeiro ATL surgiu em 2004 a partir de uma ocupação realizada por povos indígenas do sul do país, na frente do Ministério da Justiça, na Esplanada dos Ministérios. A mobilização ganhou adesão de lideranças e organizações indígenas de outras regiões do país, principalmente das áreas de abrangência da Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul), da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), reforçando a mobilização por uma Nova Política Indigenista, pactuada no período eleitoral naquele ano.
Dessa forma, foram consolidadas as estruturas para a criação e a formalização da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), criada em novembro de 2005 como deliberação política tomada pelo Acampamento Terra Livre daquele ano.