Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Saúde

Foto: André Araújo

Foto: André Araújo

O crescente número de tocantinenses registrados com doenças crônicas nos últimos anos levou a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), a promover nessa segunda-feira, 15, uma reunião para discutir quais medidas serão usadas em conjunto para diminuir a incidência. O encontro foi realizado na sala de reuniões da Pasta e contou com a participação de representantes da Defensoria Pública do Tocantins (DPE), Serviço Nacional de Aprendizagem (Senac), Conselho Estadual de Saúde do Tocantins (CES-TO), Itapac, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Tocantins (Cosems) e secretários municipais de saúde.

Durante a reunião, os profissionais discutiram sobre qual tem sido o perfil dos pacientes, a situação em que eles se encontram e quais ações podem ser realizadas para combater os indicadores. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, estima-se que 340.063 pessoas são hipertensas no Tocantins. Sobre o diabetes, 105.933 pessoas são diabéticas.

Para a diretora de Monitoramento da Área Técnica de Hipertensão e Diabetes da SES-TO, Thalyta Mayane Fernandes, “a maior preocupação como representante do Estado, é sobre como está sendo trabalhada a atenção básica, pois precisamos diretamente do trabalho dos municípios para o controle dessas doenças em mulheres grávidas, pessoas com diabetes, entre outros. Até porque uma gestante sem assistência e com sintomas de hipertensão arterial terá problemas graves durante o parto e que poderiam ter sido evitados com o apoio das unidades de saúde durante o pré-natal”.

“A gente passa dia e noite em busca de salvar vidas e assim a gente vai deixando de lado a nossa saúde de lado. Digo isso, como profissional da saúde que atualmente convive com a diabetes e tem uma mudança de mente no controle dessa doença. Por isso, queremos que vocês levem esse assunto para os conselhos de saúde, de forma a controlar a saúde dos tocantinenses, principalmente na situação do diabetes e hipertensão arterial", comentou o presidente do CES-TO, Mário Benício.

“A situação da saúde dos tocantinenses nos faz refletir sobre o que tem sido feito para esses números crescerem, já que pessoas têm morrido e isso nos preocupa. Precisamos repensar as nossas práticas, vendo onde estamos errando e onde pretendemos atingir para melhorar esses dados, essa população”, disse o gerente da área de monitoramento de hipertensão e diabetes da SES-TO, Fernando Angelo.

“Este tipo de reunião é muito importante para que a União, o Estado e os Municípios possam verificar as falhas, promover alinhamentos e realizar capacitações e planejamentos de ações que melhorem a assistência à população hipertensa e diabética, visando, com isto, a diminuição do agravamento dos casos que necessitem de procedimentos mais complexos, bem como a redução, também, do número de judicializações na área da saúde neste contexto”, disse o defensor público, Freddy Alejandro.

Atendimento ao paciente

Pessoas com diagnóstico de hipertensão e diabetes que fazem tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) devem procurar a unidade de saúde de referência pelo menos duas vezes por ano para acompanhamento. Na consulta, será feita a medida da pressão arterial para certificar-se de que está em níveis normais, verificando se a medicação está adequada.

É importante também que a pessoa hipertensa obtenha a medicação de controle, que é entregue de forma gratuita, na Farmácia Popular do Brasil. Para isso, basta apresentar o receituário médico do SUS, particular ou de convênios.