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Saúde

Foto: Erlene Miranda

Foto: Erlene Miranda

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) iniciou nesta quinta-feira, 15, uma capacitação para implementação da vigilância entomológica com armadilhas de oviposição (ovitrampas) em 11 municípios tocantinenses. A ação segue até sexta-feira 16 e é promovida em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“O monitoramento por ovitrampas é uma estratégia entomológica muito eficiente para detectar a presença do Aedes aegypti e tomar as medidas de controle mais assertivas e oportunas. A ovitrampa é uma estratégia que permanecerá nas rotinas de trabalho dos agentes de endemias, sendo uma ação a mais para o controle do aedes" explicou a diretora de Vigilância das Doenças Vetoriais e Zoonoses da SES-TO, Mary Ruth Batista Glória Maia.

A diretora complementou que atualmente o Tocantins tem incidência das arboviroses urbanas. "Nós temos dengue, chikungunha e zika com frequência muito alta no Estado, então, é um momento oportuno para implantação das ovitrampas, sendo uma ferramenta a mais para a tomada de decisão mais acertada para reduzir essa população de aedes no território”, disse. 

“O Ministério da Saúde está tentando implementar as ovitrampas como vigilância, para determinar as áreas com maior infestação do vetor e direcionar as ações de controle. Sendo essa uma ação tripartite, para essa atividade entrar dentro da rotina de trabalho”, esclareceu o biólogo e pesquisador da Fiocruz, no Rio de Janeiro, José Bento Pereira, acrescentando que "a Fiocruz disponibilizará os insumos e a orientação técnica, para instalação das ovitrampas”.

A agente de endemias do município de Tocantínia, Milene Barreiras Santos, afirmou que esse novo método de trabalho vai ajudar a identificar o sorotipo que está circulando. "Pois a cada dois anos temos um surto de arboviroses. Em seguida, vemos que passa um ano silencioso de casos, e fazendo esse monitoramento podemos melhor as atividades”. 

Ovitrampas

As armadilhas de oviposição (ovitrampas) são pequenos baldes com palhetas de eucatex, água e larvicida biológico (Bacillus thuringiensis israelensis), onde as fêmeas dos insetos depositam os seus ovos. São instaladas em pontos estratégicos para a contagem de ovos do mosquito, para em seguida, os agentes de endemias realizarem a coleta da amostragem e tabular os dados.

Com essa armadilha os agentes conseguem observar, de maneira mais rápida e eficiente, a quantidade de mosquitos em determinada região que a ovitrampa está instalada. A estratégia acelera as ações de combate ao mosquito.

Municípios participantes

Para este ano, a SES-TO realizará a implementação das Ovitrampas em onze municípios, que foram selecionados de profissionais capacitados, laboratórios, equipes técnicas e imóveis do território. Em 2024, há previsão para instalação escalonada nas demais cidades tocantinenses.

Participam deste primeiro momento, as cidades de Natividade, Dueré, Goatins, Rio da Conceição, Tocantinópolis, Formoso do Araguaia, Divinópolis, Paraíso do Tocantins, Tocantínia, Colméia e Itaporã.