Um homem de 50 anos, apontado como sendo o principal suspeito de assassinar um casal que dormia em uma casa, no assentamento Bananal, na zona rural de Peixe, no último mês de abril deste ano, foi preso pela Polícia Civil, nessa sexta-feira, 16, mediante cumprimento a mandado de prisão preventiva.
A ação faz parte da operação Hórus e foi deflagrada por policiais civis da 94ª Delegacia de Peixe, com apoio da 8ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (8ª DEIC) e 3ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (3ª DHPP), ambas ligadas a 7ª Delegacia Regional de Gurupi, sob o comando do delegado-regional Joadelson Rodrigues Albuquerque e dos delegados João Paulo Ribeiro de Sousa e Rafael Falcão.
O crime
Por volta das 2h30 da madrugada do dia 8 de abril, o investigado, de posse de uma arma de fogo, invadiu uma residência, onde sua ex-companheira Maria José Bernardo Alves e o então namorado Waldson Teixeira de Araújo dormiam, e efetuou disparos na cabeça de ambos, que vieram a óbito no local.
As investigações da Polícia Civil apontaram que o homicídio, seguido de feminicídio, teria sido motivado pelo fato de que o autor, que tinha sido casado com a vítima por mais de 10 anos, não aceitava a separação e tinha prometido se vingar. “Vale ressaltar que o indivíduo responde a vários crimes, sendo a maioria deles por violência doméstica, sendo que, ele tinha sido solto poucos dias antes do episódio fatídico, justamente por violar medidas protetivas, agredir e ameaçar a ex-companheira", explicou o delegado João Paulo.
Investigações
As investigações, realizadas pela 94ª DP de Peixe, sob o comando do delegado João Paulo, constataram que o autor, de fato, era o ex-companheiro de Maria, uma vez que além das ameaças e agressões, ele foi visto por uma testemunha logo após o crime, em fuga, nas imediações da casa da fazenda onde o casal foi morto.
Com base nas investigações, o delegado João Paulo representou pela prisão do indivíduo, a qual foi deferida pelo Poder Judiciário. “Ocorre que, a primeira tentativa de prender o homem, em uma fazenda na zona rural de Peixe, restou infrutífera, uma vez que o investigado conseguiu fugir dos policiais”, disse.
No entanto, nesta sexta-feira, os policiais das três unidades policiais conseguiram descobrir que o homem estava em uma chácara, na zona rural de Gurupi e planejava fugir. “Com base nas informações levantadas, de imediato, montamos um cerco com dezenas de policiais e fomos para o local, pois havia relatos que o homem estava armado e não se entregaria vivo”, pontuou o delegado Joadelson.
Após campana montada, os policiais encontraram o alvo, que ainda tentou correr e pular um muro, com a ajuda de escadas já previamente colocadas. Porém, desta vez, os policiais o cercaram e conseguiram efetuar sua prisão.
Apreensões
Ao mesmo tempo, em que o cerco para prender o autor era efetivado, outras equipes da PC-TO davam cumprimento a dois mandados de busca em endereços de parentes do indivíduo, na tentativa de encontrar a arma de fogo utilizada no crime. Em um dos imóveis, os policiais localizaram e apreenderam a quantia de R$ 26,2 mil que o autor utilizaria, bem como uma mala já pronta para a fuga. Desse modo, o dinheiro que não tinha origem comprovada foi apreendido e depositado em conta judicial conforme preconiza a lei.
O suspeito foi conduzido à 12ª Central de Atendimento da Polícia Civil em Gurupi e, após a realização dos procedimentos legais cabíveis, foi recolhido à Unidade Regional Penal da cidade, onde aguardará manifestação da Justiça.
Para o delegado Joadelson, a prisão tem um significado muito importante, pois trata-se de um elemento extremamente perigoso que tentava a todo custo se furtar da persecução penal. “A Polícia Civil mais uma vez cumpre seu papel constitucional de elucidar os crimes e dar uma resposta satisfatória à sociedade, e sobretudo, às famílias das vítimas, que ansiavam pela prisão do autor, que praticou os crimes por motivos egoísticos, torpe e sem oferecer qualquer oportunidade de defesa às vítimas, unicamente por não aceitar que a ex-companheira construísse sua vida. Agora preso, ele responderá pelos atos dos quais é acusado”, concluiu.