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Economia

Foto: Conexão Tocantins

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O Tocantins registrou mais de 31.148 empresas formais ativas em 2021, totalizando uma alta de 7,53%, já que no último ano de referência, 2020, o dado mostrava 28.967. Essas empresas tinham 260.900 pessoas ocupadas assalariadas, ante 242.469 no período anual do levantamento anterior. Em relação ao pessoal ocupado total, em 2021 subiu para 298.643 tocantinenses. Os dados são do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), divulgado nessa última quarta-feira (21) pelo IBGE. 

“Em 2021 o número de empresas cresceu num ritmo mais acelerado, quando comparado a 2020, ano marcado por forte impacto da pandemia nos negócios”, analisa o técnico da pesquisa, Eliseu Oliveira. 

Houve aumento do pessoal total ocupado em 19 atividades econômicas analisadas pela pesquisa. As maiores altas vieram de Atividades administrativas e serviços complementares (29,5%), Indústrias extrativistas (25,4%), Artes, cultura, esporte e recreação (22,7%) e Atividades profissionais, científicas e técnicas (18,4%). 

As atividades que mais contribuíram para a alta de 18 mil assalariados foram Administração pública, defesa e seguridade social (4.442), Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (3.507), e Atividades administrativas e serviços complementares (3.061). 

Tocantins tem mais da metade dos assalariados ocupados em órgãos da administração pública

Quando se analisa a natureza jurídica das empresas, as entidades empresariais se destacaram por representarem 91,4% do total. Além disso, tiveram 53.16% do pessoal ocupado total, 46.67% do pessoal ocupado assalariado.

Apesar de terem somente 2,26% de participação no total de empresas e outras organizações, os órgãos da administração pública absorveram 44,9% do pessoal ocupado total, e a maioria do pessoal ocupado assalariado (51,4%).

Representando 6,32% do total de organizações, as entidades sem fins lucrativos obtiveram as menores taxas de participação nas variáveis analisadas pela pesquisa, com 1,93% do pessoal ocupado total e 1,92% do pessoal ocupado assalariado.

No aspecto salarial, mesmo sendo maioria, as entidades empresariais pagaram os salários médios mais baixos (R$ 1.977,39) e os órgãos da administração pública R$ 3.929,19. As entidades sem fins lucrativos tiveram como média em 2021 R$ 2.435,76.

Homens são maioria e recebem salário mais alto em empresas tocantinenses

No Tocantins, cerca de 51,0% do pessoal ocupado assalariado eram homens e 48,9%, mulheres, mantendo estabilidade na comparação com 2020. O cenário no estado também se mostrou equilibrado quanto aos salários e outras remunerações. Eles absorveram 52,7%, enquanto elas ficaram com 47,38%. No Brasil, este número é de 59,2% para o sexo masculino contra 40,8% feminino.

Porém, no aspecto salarial, os homens tocantinenses continuam ganhando um salário médio superior ao das mulheres. Enquanto eles ganharam R$ 3.117,02, elas receberam R$ 2.892,45, uma diferença de 7,2%. 

Quanto à escolaridade, 72,3% do pessoal assalariado não tinha nível superior, e 28,8% sim. Os salários e outras remunerações pagos ao grupo sem nível superior corresponderam a 46,3% do total, enquanto os referentes às pessoas com esse nível de instrução representaram 53,7%.

O pessoal ocupado assalariado sem nível superior recebeu, em média, R$ 1.937,66, equivalente a 33,8% do valor médio pago a quem tinha essa escolaridade (R$ 5.740,59). A pessoa assalariada que tinha nível superior, portanto, recebeu em média o triplo de quem não tinha. Nacionalmente, os formados que residem no Tocantis ficam em 11º lugar das maiores médias, já que a nível Brasil o valor é R$ 6.613,47.

Média estadual indica 2,7 salários-mínimos por trabalhador

A soma de salários e outras remunerações pagas por empresas e organizações foi de R$ 10 bilhões em 2021, em termos reais, um aumento de 7,7% em relação a 2020. 

Quanto a média salarial por atividades econômicas no estado, os maiores valores foram pagos por Administração pública, defesa e seguridade social  (R$ 4.008,57), seguida por Eletricidade e gás (R$ 3.583,16) e Educação (R$ 3.548,31). Em termos de salário-mínimo, a média estadual foi de 2,7 salários, sendo de 2,8 para os homens e 2,6 para as mulheres.

Já os salários mais baixos foram de Alojamento e recreação (R$ 1.323,23), Artes, cultura, esporte e recreação (R$ 1.492,91) e Outras atividades e serviços (R$ 1.765,45).

Sobre a pesquisa

O Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) traz estatísticas do universo das empresas e outras organizações formais e suas unidades locais, segundo atividade econômica, natureza jurídica, porte e distribuição geográfica, com destaque para a participação do pessoal ocupado assalariado por sexo e nível de escolaridade. Os dados da pesquisa podem ser acessados pelo Sidra.