A coordenação do Plano de Ação para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção do Território do Meio Norte (PAT-Meio Norte) deve executar até o mês de dezembro algumas das ações estabelecidas no programa. O prazo foi definido durante encontro, em São Luís (MA), entre os coordenadores para o planejamento das ações. O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) foi representado pelo biólogo da Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas (DBAP), Oscar Vitorino e a inspetora de recursos naturais, da Unidade Regional de Tocantinópolis, Ester Oeiras.
Segundo Oscar Vitorino, entre as ações que deverão ser executadas até o final do ano estão a contratação de assessoria para elaboração de materiais de educação ambiental; a capacitação dos órgãos municipais e Órgãos Estaduais do Meio Ambiente (Oemas) no território; além da aquisição de materiais de pesquisa para instituições que atuam na região do território meio norte.
O PAT-Meio Norte desenvolve uma série de ações de conservação das espécies-alvo e de seus habitats. Entre atividades estão, segundo Vitorino, a realização de expedições para a coleta de material botânico, mapeamento de dados das populações da fauna na região de abrangência, capacitação das partes envolvidas e articulação com órgãos licenciados da inclusão de ações compensatórias indicadas pelo plano de ação.
De acordo com o biólogo, o encontro realizado em São Luís (MA) compõe uma série de reuniões periódicas, que são motivadas para monitoramento das ações do PAT-Meio Norte. “Nos reunimos para avaliar as atividades que estão em execução e para planejar as ações futuras, idealizadas para garantir a preservação das espécies ameaçadas de extinção na região que integra PAT-Meio Norte”, informou.
O encontro aconteceu entre os dias 21 e 23, e contou representantes do Instituto de Desenvolvimento Florestal da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), do Instituto Bicho D’água e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema-MA).
Sobre o PAT Meio Norte
O Plano de Ação Territorial para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção do Território Meio Norte (PAT Meio Norte) é um instrumento desenvolvido para orientar as ações de preservação e redução de ameaças. A iniciativa busca desenvolver ações para melhorar o estado de conservação de espécies ameaçadas de extinção no Território Meio Norte, que compreende os estados do Maranhão, Pará e Tocantins, no Bico do Papagaio.
O (PAT Meio Norte) é coordenado pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), juntamente com o a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema-MA), e Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do estado do Pará (Ideflor-Bio), no âmbito do Projeto Pró-Espécies.
Sobre o Pró-Espécies
A estratégia nacional para a conservação de espécies ameaçadas de extinção Pró-Espécies: Todos contra a extinção é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) que tem como objetivo adotar ações de prevenção, conservação, manejo e gestão para minimizar as ameaças, o risco de extinção e melhorar o estado de conservação das espécies ameaçadas.
Financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, da sigla em inglês para Global Environment Facility Trust Fund), o projeto é coordenado pelo Departamento de Espécies (DESP/MMA) e implementado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), sendo o WWF-Brasil a agência executora.
O projeto trabalha em conjunto no Maranhão, Bahia, Pará, Amazonas, Tocantins, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo para desenvolver estratégias de conservação em 24 territórios, totalizando nove milhões de hectares. Prioriza a integração da União e Estados na implementação de políticas públicas, assim como procura alavancar iniciativas para reduzir as ameaças e melhorar o estado de conservação de pelo menos 290 espécies categorizadas como Criticamente em Perigo (CR) e que não contam com nenhum instrumento de conservação.