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Campo

O clima frio trouxe impactos nos preços de importantes frutas e hortaliças comercializadas nos principais mercados atacadistas do país. Segundo o 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nessa quinta-feira, 20, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o inverno influenciou tanto na demanda como na oferta dos produtos. Diante deste cenário, as cotações praticadas para alface, cenoura e tomate apresentaram quedas no último mês. Mesma situação verificada para laranja, mamão e melancia.

No caso da alface, a baixa ocorreu mesmo com uma diminuição também na quantidade de produto encontrado nos mercados analisados. Isso porque a demanda registrou redução mais intensa, comportamento normal para esta época do ano com temperaturas mais baixas, o que não permitiu a reação dos preços da folhosa. O maior percentual de queda foi registrado na Central de Abastecimento (Ceasa) de Goiânia, com -26,7%. Já a cenoura e o tomate tiveram a  oferta controlada, o que não impediu o menor valor de comercialização das hortaliças. Com a permanência do frio, o desenvolvimento dos dois produtos tende a ser mais demorado, o que pode exercer pressão de alta nos preços em julho.

As baixas temperaturas também refletiram em uma menor demanda de frutas como laranja, melancia e mamão, influenciando nos preços mais baixos na média. A Ceasa da capital de Goiás também tem a maior queda para o mamão, com redução de 33,99%. Além de inibir a procura por estes produtos por parte do consumidor, o frio também repercute na oferta, seja no controle da quantidade de produto no mercado ou na qualidade.

Por outro lado, os preços médios para batata e maçã registraram alta. No caso do tubérculo, a alta é explicada pela menor entrada do produto nos mercados atacadistas. Já para a fruta, a Conab também verificou aumento mesmo em meio à diminuição da demanda nos principais centros consumidores em virtude do frio, do início das férias escolares e também das festividades juninas no mês de junho, que acabaram por impactar as vendas no atacado. Entretanto, mesmo com o mercado lento, os preços subiram por causa do grande controle de oferta que possuem as companhias classificadoras mediante o uso das câmaras frias, estruturas que aumentam o período de conservação da fruta. Banana e cebola registraram pequenas variações, mantendo-se dentro de uma estabilidade de preços na média ponderada.

Participação Ceasa/MG

Nesta edição, o destaque entre os mercados participantes do Boletim foi para a Ceasa Minas Gerais, que sediou o 2º Encontro Nacional das Centrais de Abastecimento do Brasil de 2023. O encontro foi uma oportunidade para o intercâmbio técnico de pautas voltadas para o abastecimento, no qual foi debatida a proposição do Plano Nacional de Segurança Alimentar, cuja meta é garantir que a população não passe fome e tenha acesso à alimentação saudável. Também foram tratados temas como a questão do combate ao desperdício de alimentos; a implementação de políticas públicas no contexto das Ceasas; o Programa de Aquisição de Alimentos e a participação das Centrais; as embalagens de produtos; o tratamento de resíduos; entre outros. Além disso, os participantes do evento puderam conhecer o funcionamento e fluxo dos produtos da Ceasa Minas. O entreposto mineiro alcançou a comercialização de um volume de 150.717 toneladas de produtos, perfazendo o total de mais de R$ 614 milhões de reais no mês de junho de 2023, 16% de toda a venda registrada pelo Prohort entre as Ceasas participantes.

Outras informações sobre a comercialização das principais frutas e hortaliças estão no 7º Boletim Hortigranjeiro, disponível no Portal da Conab. Os dados estatísticos do documento foram levantados em onze Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Curitiba/PR, São José/SC, Goiânia/GO, Brasília/DF, Recife/PE, Fortaleza/CE e Rio Branco/AC. 

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