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Economia

Foto: CNA

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou o boletim “Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro”, uma publicação inédita feita em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para analisar a população ocupada no setor a cada trimestre e a evolução do “estoque de empregos”, comparando com a série histórica já feita pelo Cepea desde 2012.

A primeira edição mostra que, nesse primeiro trimestre, a população ocupada (PO) no agronegócio foi de 28,1 milhões de pessoas, o melhor resultado já registrado para um 1º trimestre e o segundo melhor desempenho levando em conta todos os trimestres desde o início da análise realizada pelo Cepea. No primeiro trimestre deste ano, a população ocupada no agronegócio representou 27% do total do estoque de empregos no País.

O boletim vai abordar aspectos da conjuntura e da estrutura do mercado de trabalho do agronegócio brasileiro. Neste contexto, serão analisados os quatro segmentos da cadeia produtiva do setor: insumos para a agropecuária, produção agropecuária primária (dentro da porteira), agroindústria (processamento) e agrosserviços.

Neste contexto, o estudo vai abordar, trimestralmente, aspectos como o “estoque de empregos”, o perfil da mão de obra, grau de instrução, a participação feminina e a evolução destes quesitos, além de comparativos entre a mão de obra ocupada no agro e a população ocupada no país de forma geral.

Este resultado representa um aumento de 1% em relação ao 4º trimestre de 2022 (288,2 mil pessoas) e de 0,9% na comparação com o 1º tri/2022 (+237 mil pessoas). O setor que mais contribuiu para este desempenho foi o setor de agrosserviços, com expansão de 6,7% (616 mil pessoas), tanto no comparativo com os últimos três meses de 2022 quanto com o 1º trimestre do ano passado. 

“Esse crescimento esperado nos empregos nos agrosserviços reflete sobretudo o excelente desempenho da produção agrícola dentro da porteira – com expectativa de uma safra 2022/2023 recorde de grãos, somada às maiores produções esperadas de café e cana –, o que deve se traduzir em expansão dos serviços de transporte, armazenagem, comércio e outros serviços (como financeiros, contábeis, jurídicos, de comunicação, entre outros) prestados ao agronegócio”, explica o boletim.

A publicação também vai trazer o número e a evolução do cenário de trabalhadores com produção destinada apenas para o consumo próprio dentro de suas propriedades, com o intuito de acompanhar e monitorar o comportamento desta parcela de pessoas. Segundo dados incluídos no estudo, atualmente há 5,3 milhões de pessoas nesta condição.

Perfil 

Em relação ao perfil de mão de obra, o estudo destaca um crescimento da PO entre empregados com carteira assinada de 6,1% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, o que significa um incremento de mais de 532,1 mil pessoas formalizadas.

Na comparação com o quatro trimestre de 2022, houve alta de 2,1% no número de ocupações no período de janeiro a março deste ano (acréscimo de 192,4 mil pessoas).

Mulheres

A publicação da CNA também traz dados voltados para as mulheres empregadas no agronegócio. O boletim aponta que, no primeiro trimestre de 2023, a PO feminina cresceu 1,3% frente ao período de janeiro a março do ano anterior (quase 140 mil mulheres a mais), e 0,8% em relação ao último trimestre de 2022 (+88,7 mil).

Salários

De acordo com a publicação, nos três primeiros meses deste ano, houve um avanço médio de 5,9% nos salários dos empregados no setor, desempenho que ficou 0,5 ponto percentual acima do que observado na média do País, de 5,4%.   

“Ainda quanto aos rendimentos, ao se comparar os valores reais do primeiro trimestre de 2023 e do último trimestre de 2019, antes da chegada da pandemia, nota-se que o cenário para os trabalhadores do agronegócio foi favorável frente à média do País”, explica o boletim. (CNA)