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Estado

Foto: Divulgação

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Temperaturas elevadas e baixa umidade do ar, Tocantins chegou no seu período crítico para queimadas. Porém, desde o mês de março, uma força tarefa vem sendo desenvolvida pelo Comitê Estadual de Combate a Incêndio Florestal e Controle de Queimadas no Estado do Tocantins (Comitê do Fogo) com  ações de prevenção aos incêndios florestais para entrar no chamado período crítico, agosto e setembro, com maior capacidade de resposta aos incêndios florestais. Visitas educativas e informativas, formação de brigadistas, queimas prescritas, são algumas das ações realizadas nessa fase de preparação.

“Adentrando o mês de agosto a gente está iniciando o período mais crítico, destaque para agosto e setembro, onde a umidade do ar cai muito,e a  temperatura é elevada. Já temos muitos dias sem chuva no Estado, então a vegetação já está seca. E nesse período crítico as ações acabam se concentrando mais nas ocorrências, pois é nesse período que os incêndios aparecem. Então nesse período do ano a gente foca em combate e fiscalização. Mas o trabalho do Comitê do Fogo não começou agora, começou no mês de março, com ações ainda no período chuvoso, ações que buscavam fazer com que chegássemos nessa época do ano em condições de atender melhor as ocorrências”, ressalta superintendente do Comando de Ações de Defesa Civil Estadual, coronel Erisvaldo Alves. 

Conscientização 

Até o final do mês de julho, 1.677 propriedades rurais do Estado receberam a visita de técnicos por meio do projeto Foco no Fogo, umas das ações do Comitê do Fogo, em que são realizadas orientações de conscientização e prevenção aos incêndios florestais, com estimativa de 10.585 pessoas atingidas.

“O Comitê do Fogo traz uma ação encabeçada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Tocantins (Semarh)  onde as visitas já acontecem há algum tempo e tem trazido bons resultados, sendo inclusive reconhecida internacionalmente num evento que a Semarh participou em Portugal. São visitas orientativas nas propriedades localizadas em áreas que tiveram grandes queimas no ano anterior”, ressalta o coronel Erisvaldo Alves. 

Formação de Brigadas 

Esse ano, a política de formação de brigadas municipais encabeçada pela Defesa Civil Estadual e Corpo de Bombeiros Militar  em parceria com a  Semarh, teve a adesão de 121 municípios, representando quase 90% dos 139 municípios do Estado.  Além disso, teve ainda a formação das brigadas por meio do Naturatins e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Tocantins (SENAR/TO), responsável pelas brigadas rurais. 

Queimas prescritas

Nessa primeira fase foram realizadas ações de mitigação, onde se destacam as queimas prescritas feitas pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo). 

Só nas áreas federais, realizadas pelo Prevfogo, as queimas prescritas e controladas, de acordo com levantamento do MAPBIOMAS,  totalizou no mês de  maio e junho,  239.072 ha. Só nas áreas nas terras indígenas Apinayé, Kraolândia, Xerente/Funil e Parque do Araguaia o total queimado foi 237.740 até o mês de junho. 

No mapeamento da superfície queimada pelo fogo  por meio da queima prescrita  nas áreas estaduais, realizadas pelo Naturatins, somam, só no Parque Estadual do Lajeado, 284 ha. No Parque Estadual do Jalapão, cerca de 716 ha  e Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (Monaf) localizado em  Filadélfia, mais 514 ha. 

“As queimas antes do período crítico visam diminuir a intensidade dos incêndios que ocorram a partir de agora, se houver algum incêndio nessa área que foi manejada, a intensidade dele vai ser menor. Algumas queimas prescritas ainda serão feitas, como por exemplo,  na Ilha do Bananal, onde tem lugares que ainda estão úmidos”, enfatiza Coronel Alves. (Ascom CBM)