O vereador Rogério Freitas (PSD) abordou em recente sessão da Câmara Municipal de Palmas/TO temas que têm sido fonte de altercação no panorama político da Capital. O vereador pontuou inquietações relativas às recentes exonerações de secretários municipais na sequência de operações da Polícia Federal. Uma das suas principais objeções foi a aparente negligência na instauração de Processos Administrativos Disciplinares (PADs) contra os servidores implicados. "Exonerar um servidor sem iniciar um processo administrativo? Isso é inédito para mim", aformou com veemência, complementando: "Quando um servidor efetivo é suspeito de má conduta ou corrupção, o procedimento padrão é a abertura de um PAD".
A manifestação do vereador foi precedida por um diálogo com João Paulo Leite Pereira Júnior, que apresentou pedido de impeachment da prefeita Cinthia Ribeiro. O diálogo fez com que o vereador questionasse práticas que, segundo ele, parecem blindar os envolvidos. Ele ainda apontou uma suposta falta de transparência na recente reforma administrativa promovida pela prefeitura, a descrevendo como "apenas mais do mesmo".
Freitas conectou os montantes exorbitantes, assim como joias e ouro apreendidos pela Polícia Federal, a vidas que poderiam ter sido melhoradas em setores vitais como saúde, educação e assistência social e ressaltou: "Por trás desses valores há vidas que foram negligenciadas em diversos setores essenciais", disse
Um dos momentos mais contundentes de sua fala foi ao mencionar o secretário de Desenvolvimento Urbano que, ainda que não ligado diretamente aos departamentos investigados, foi descoberto possuindo mais de 10 milhões de reais em um apartamento. "Ele atuava como um arrecadador", insinuou Freitas, aludindo a um possível esquema de coleta sistemática de dinheiro.
O vereador finalizou seu pronunciamento enfatizando a importância primordial da educação, expressando sua aspiração para que esta volte a ser uma política de destaque em Palmas. "Nossa maior riqueza são os jovens de Palmas", disse