A Polícia Federal (PF/TO) deflagrou nesta quinta-feira, 14, a “Operação Aliança”, que tem como objetivo aprofundar investigações relacionadas a crimes de lavagem de ativos, evasão de divisas e organização criminosa supostamente praticados por um grupo familiar que realizava remessas de dinheiro para o exterior, sem autorização legal.
Segundo a PF, parte dos recursos tinha como origem empresas com vínculos a outras pessoas físicas e jurídicas já investigadas em operações da Polícia Federal por corrupção, peculato, fraude a licitação, organização criminosa e lavagem de ativos.
O Inquérito Policial foi instaurado a partir de informações sobre movimentações ilícitas realizadas na fronteira com a Bolívia e da prisão em flagrante de alguns dos integrantes da organização criminosa. Apurando-se a origem do dinheiro, constatou-se - segundo a PF/TO, que parte dos recursos eram provenientes de empresas ligadas a uma mesma família e que tinham vinculação com outras pessoas físicas e jurídicas.
De acordo com as investigações, o grupo é suspeito de movimentar quase R$ 500 milhões.
Os policiais federais cumprem seis mandados de busca e apreensão na capital Palmas/TO, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do do Tocantins.
Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de evasão de divisas (art. 22, parágrafo único, da Lei no 7.492/1986), de lavagem de dinheiro (art. 1o, da Lei no 9.613/1998), e organização criminosa (art. 2o, da Lei no 12.850/2013) cujas penas somadas podem chegar a 24 anos de reclusão e multa.
O nome da operação faz referência ao vínculo familiar entre os integrantes da organização criminosa, bem como à aliança formada entre os envolvidos. (PF/TO)