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Mundo Pet

Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

Aquela olhadinha na temperatura dos próximos dias vem assustando os brasileiros e não é para menos. A previsão é de que, em diversos estados, os termômetros atinjam mais de 40°C, recorde de calor que pode afetar não só os humanos, mas os pets também. A atenção à saúde nesses dias deve ser redobrada! É o que explica a médica veterinária e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Unime, Aline Quintela.

Ao falar dos cuidados com os animais nos dias de alta temperatura, a especialista destaca, primeiramente, o período de passeios. “Deve-se evitar passeios nas horas mais quentes do dia, dando preferência às saídas apenas no início da manhã e no finalzinho da tarde, quando o calor fica mais ameno. Mesmo em trajetos curtos deve-se ter atenção, não esquecendo de que o calor está no solo também e pode queimar as patinhas. Sendo assim, ao sair para áreas externas, pode-se utilizar sapatinhos. Em casa, eles devem ficar em ambientes ventilados”.

A veterinária menciona que a hidratação é de extrema importância e que deve deixar água limpa e fresca à vontade para o animal. “Em dias de calor extremo, pode-se colocar gelo na água, oferecer frutas que favoreçam a hidratação como a melancia, além de ofertar um pano úmido para que o cão ou gato se deitem, caso estejam buscando um cantinho mais fresco para se acomodarem”, detalha.

É comum ouvir sobre hipertermia em humanos mas, o que é desconhecido por muitos, é que os animais são ainda mais propensos a terem a condição médica, se comparados aos seus donos. “Cães e gatos são mais propensos à hipertermia do que humanos, pois quase não transpiram. Estas espécies possuem poucas glândulas sudoríparas localizadas nos coxins (nas almofadinhas das patas) e, os cães ainda trocam calor quando respiram de boca aberta. Os gatos nem isso!”, esclarece Aline.

Quantos aos sinais de desidratação em cães e gatos, a médica destaca: apatia (eles ficam mais quietos), respiração ofegante, batimentos cardíacos acelerados, boca e língua seca, olhos avermelhados e diminuição da elasticidade da pele. Já na hipertermia, estes sintomas aparecem de forma mais severa e há também salivação abundante, vômitos, confusão mental, convulsões, podendo evoluir para uma parada cardiorrespiratória.

Por fim, a veterinária ressalta que, se o cão ou gato apresentar sinais de desidratação, vômitos, andar cambaleante, salivação excessiva, convulsões e mucosas de olhos e bocas muito vermelhas, é sinal de que ele precisa de cuidados veterinários com urgência. Calor em excesso pode causar hipertermia, que muitas vezes evolui para óbito.