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Pastor Osório pode ter feito mais de 50 mil vítimas

Pastor Osório pode ter feito mais de 50 mil vítimas Foto: Reprodução

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A Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por intermédio da 8ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Gurupi), cumpriu na tarde desta quinta-feira, 21, mandado de prisão preventiva expedido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal em desfavor do pastor Osório José Lopes Júnior, de 43 anos. Ele foi capturado em um rancho no município de Sucupira, na região sul do Tocantins. 

O pastor é apontado como sendo um dos líderes de um esquema criminoso milionário que teria enganado mais de 50 mil pessoas e auferido um lucro de mais de R$ 150 milhões no Brasil e no exterior. 

A investigação apurou, por exemplo, que os golpistas fizeram uma promessa de que, com um depósito de apenas R$ 25,00, as pessoas iriam receber R$ 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000,00 (octilhão de reais), ou seja, uma quantia astronômica, cujo numeral 1 é seguido de 27 zeros.

Comandada pelo delegado-chefe da 8ª DEIC, Rafael Falcão, a ação foi deflagrada pela PC-TO depois que as equipes da unidade especializada levantaram informações de que o suspeito estaria em uma propriedade no município. 

Divulgação SSP-TO

Conforme explica o delegado Falcão, a prisão do indivíduo foi decretada após investigação da Polícia Civil do Distrito Federal apontar que ele seria um dos líderes de um esquema milionário de golpes financeiros que enganou mais de 50 mil pessoas, provenientes da atividade ilícita nos últimos cinco anos. A operação da Polícia Civil do Distrito Federal, denominada “Falso Profeta” foi deflagrada na manhã da última quarta-feira, 20, e tinha por objetivo de dar cumprimento a dois mandados de prisão e 16 de busca e apreensão.

“Ocorre que Osório não foi encontrado e era considerado foragido da justiça, sendo procurado em várias unidades da federação e também no Estado do Tocantins”, disse a autoridade policial. 

Captura

“Após acionamento das equipes da 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Gurupi pela Polícia Civil do Distrito Federal informando os fatos e da possibilidade de o investigado estar na cidade de Figueirópolis, local onde reside um de seus irmãos, o caso foi repassado à 8ª DEIC de Gurupi que imediatamente iniciou os levantamentos e conseguiu identificar que a família teria uma propriedade rural nas proximidades da cidade de Sucupira”, pontuou a autoridade policial. 

Com o aprofundamento dos trabalhos de campo, os policiais da unidade especializada constataram que, de fato, o foragido estaria homiziado em um rancho às margens do Rio Santa Teresa, na zona rural de Sucupira. Com base nas informações levantadas, por volta das 17h, os policiais civis daquela unidade, comandados pelo delegado de polícia Rafael Falcão, efetivamente localizaram o indivíduo e deram cumprimento ao mandado de prisão expedido pela Justiça do Distrito Federal. 

Em seguida, o preso foi conduzido até a 12ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Gurupi, e após a realização dos procedimentos legais cabíveis, posteriormente foi recolhido à Unidade Penal Regional local, onde permanece à disposição do Poder Judiciário do Distrito Federal. 

Crimes diversos

De acordo com a PC-DF, o indivíduo é investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, sonegação fiscal e estelionatos praticados por meio cibernético. Ainda segundo as apurações, os criminosos (que compõe um grupo de cerca de 200 integrantes, incluindo dezenas de lideranças evangélicas) abordavam as vítimas, em sua grande maioria fiéis, pelas redes sociais e as convenciam a investir suas economias em falsas operações financeiras ou falsos projetos de ações humanitárias, prometendo retorno financeiro imediato e lucros exorbitantes. 

Operação

A operação Falso Profeta foi conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária viculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR) do Distrito Federal. 

Participatam da operação cerca de 100 policiais civis do Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Matogrosso, Santa Catarina, Paraná e São Paulo onde ocorreram mandados de busca e apreensão (Com informações da SSP-TO)