A Universidade Federal do Tocantins (UFT) através do Núcleo de Estudos Rurais, Desigualdades e Sistemas Socioecológicos (Neruds) faz parte do conjunto de instituições que têm atuado no desenvolvimento de comunidades quilombolas no Jalapão. As professoras Gisele Paiva e Juliana Melo lideram o processo de construção metodológica para precificação de produtos e sua inserção no mercado de forma justa. O objetivo principal do projeto é a construção do preço a partir de mecanismos extra-mercado que valorizem o trabalho feminino, a ancestralidade e a preservação do Cerrado.
“As oficinas realizadas nas comunidades foram fundamentais para que as mulheres compreendessem a importância de anotar o tempo que levam costurando o capim, coletando o olho do buriti na mata e o capim nas veredas, dentre outros”, destaca Juliana Melo.
No mês de novembro, a equipe da UFT/Neruds com apoio da Central do Cerrado e do PIBEX/UFT estiveram nas comunidades em São Félix (comunidade quilombola do Prata) e Mateiros (comunidade Mumbuca e ACAPPM) para construir o preço das esculturas a partir da valorização do trabalho das mulheres. Foram realizadas 3 oficinas para monitoramento econômico e precificação, entrevistas semi-estruturadas com as artesãs sobre o processo de criação das esculturas e diagnóstico dos instrumentos de gestão utilizados atualmente pelas associações.
A coleção de esculturas Jalapoeiras Apuradas é o resultado de um trabalho coletivo protagonizado pelas mulheres quilombolas que será apreciado por todo o mundo e a UFT é parte deste momento histórico, para o Jalapão, para o Tocantins e principalmente para as mulheres jalapoeiras apuradas.
A exposição da coleção Jalapoeiras Apuradas acontece do dia 7 de dezembro até fevereiro, em Palmas, na loja Empório Designer.
(Foto: Divulgação UFT)