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Foto: Divulgação

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Uma comitiva americanaconheceu lavouras de soja na região sul do Tocantins. “É a minha primeira vez no Tocantins. O estado tem um potencial de crescimento de produção muito grande. O que me chamou atenção foi a recuperação das áreas degradadas e que foram convertidas em novas áreas de plantação da soja e milho. Apesar das dificuldades enfrentadas nesta safra é um estado que tem se destacado na cultura”, avaliou o adido agrícola da Embaixada dos EUA, em Brasília, Joseph Collins Degreenia. 

Também fazem parte da missão a Drª Sunita Yadav-Pauletti, do Departamento de Agricultura dos EUA em Washington e Marcos Vinícius Sasso Bento, especialista agrícola da Embaixada.

Antes de visitar as propriedades, a comitiva esteve na sede da Faet em Palmas, onde assistiram a uma apresentação do Sistema Faet/Senar e outra sobre o panorama da produção de grãos no estado. Para o presidente Paulo Carneiro, a escolha do Tocantins é um exemplo da atenção que a atividade rural no estado tem despertado no Brasil e no mundo. “Produzimos bem e o estado é um dos poucos lugares do mundo onde a produção pode aumentar ainda mais”, destacou.

O Tocantins é o maior produtor de grãos da região norte, segundo a Conab. A soja, o milho e o arroz representam 92% da área plantada no estado, sendo a soja o principal grão cultivado, ocupando 70% das áreas. Na safra 2022/2023, o estado atingiu a marca de 7.6 milhões de toneladas colhidas.

Visita Técnica 

Acompanhada pelo diretor de Formação Profissional do Senar, Luiz Cláudio Faria, a comitiva americana desembarcou na região sul do Tocantins, onde conheceu realidades distintas da produção de soja no estado. No município de Gurupi, na Fazenda Consentini, a equipe ficou impressionada com a alta produtividade e, embora o ano tenha sido atípico, a estiagem não afetou a produção na fazenda. Além da produção convencional, a propriedade também tem áreas irrigadas destinadas à soja. A expectativa dos produtores é de colher, em média, 100 sacas de soja por hectare.

Já na Fazenda Ipê, no município de Peixe, a realidade conhecida pelos americanos foi outra. Em uma área de 700 hectares destinados à cultura, o produtor precisou plantar soja três vezes e mesmo assim não teve sucesso na maior parte da área. Por conta da escassez de chuvas, o produtor mudou de estratégia. “Dessa área, apenas 50 hectares vão ter soja até o fim da safra, o restante tivemos que virar para o milho”, destacou o produtor Daniel Cerri, reforçando que desde 2016 planta no estado e essa é a primeira vez que sofre com o clima.

Durante as visitas, os representantes também conheceram a integração lavoura-pecuária, que é uma forma de diversificar a atividade do produtor. De acordo com o diretor da instituição, Luiz Claudio Faria, as visitas realizadas mostraram o potencial do Tocantins, mas também a realidade da produção. “Selecionamos diferentes propriedades, de pequenas a grandes, desde aquelas com alto índice de produtividade, quanto outras que sofreram com as variações climáticas”.

(Foto: Divulgação Faet/Senar)

  (Foto: Divulgação Faet/Senar)

  (Foto: Divulgação Faet/Senar)