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Economia

Ingrid Reis, consultoria que capta e realiza a gestão de projetos em diferentes áreas.

Ingrid Reis, consultoria que capta e realiza a gestão de projetos em diferentes áreas. Foto: Robson Maia/Polka Filmes

Foto: Robson Maia/Polka Filmes Ingrid Reis, consultoria que capta e realiza a gestão de projetos em diferentes áreas. Ingrid Reis, consultoria que capta e realiza a gestão de projetos em diferentes áreas.

O ano de 2024 começou e com ele o desafio que muitos empreendedores enfrentam com a falta de recursos para tirar uma ideia do papel e desenvolver seus projetos. Sem os recursos necessários, os projetos ficam estagnados. Buscar fontes de captação de recursos é fundamental para viabilizar e sustentar projetos, organizações sem fins lucrativos, empresas e iniciativas diversas.

Em 2023, de acordo com o governo federal, o Ministério da Cultura recebeu 12.265 propostas de financiamento via Lei Rouanet (Lei Federal de Incentivo à Cultura), por exemplo. Destas, 10.676 foram consideradas aptas. Até 19 de dezembro, foram liberados R$ 1,2 bilhão, ou seja, um total de 7,6% do valor total pedido. 

Ingrid Reis, CEO da Espiral Soluções Socioculturais, consultoria que capta e realiza a gestão de projetos em diferentes áreas, afirma que em 2024 a captação de recursos não é apenas um desafio, mas sim uma oportunidade intrinsecamente ligada ao impacto social e ambiental positivo. “Os investidores estão cada vez mais inclinados a direcionar seus recursos para iniciativas que não apenas visam o lucro, mas também abordam questões prementes da sociedade”, diz.

A especialista dá dicas para captação de recursos em 2024:

  • Desenvolva uma apresentação clara e convincente

Criar uma narrativa envolvente que destaque a importância do projeto, seus objetivos e a forma como os recursos serão utilizados pode atrair o interesse de potenciais financiadores. É importante evidenciar o impacto positivo que a iniciativa pode gerar. Diversificar as fontes de financiamento é uma estratégia inteligente. Não depender exclusivamente de uma única fonte, buscando doações individuais, parcerias com empresas, subsídios governamentais, crowdfunding e eventos de arrecadação de fundos, contribui para a sustentabilidade do projeto.

  • Construa relacionamentos sólidos

Essa construção com doadores, investidores e parceiros é vital, sendo a confiança e a transparência elementos-chave. Engajar a comunidade desde o início é uma prática que pode resultar em maior apoio financeiro, uma vez que as pessoas se sentirão conectadas e investidas no projeto.

  • Utilize de plataformas online

Plataformas como crowdfunding e financiamento coletivo pode ampliar o alcance, atingindo um grande número de apoiadores online. Participar de eventos locais, conferências e workshops, bem como utilizar a mídia, incluindo redes sociais, para compartilhar histórias inspiradoras e atualizações sobre o progresso do projeto, são estratégias eficazes para aumentar a visibilidade.

  • Pesquise oportunidades de subsídios e bolsas oferecidas por organizações governamentais e privadas

Para encontrar subsídios e bolsas, explore diversas fontes, como sites governamentais, ONGs e instituições de ensino superior. Pesquise agências de fomento à pesquisa. Empresas privadas e fundações podem oferecer programas de responsabilidade social. Ao explorar essas fontes, atenda aos critérios de elegibilidade, compreenda os requisitos e cumpra prazos para uma candidatura eficaz.

  • Personalizar propostas de acordo com os critérios de cada financiador

Isso pode aumentar as chances de sucesso. Demonstrar resultados tangíveis e prestar contas do impacto do projeto são medidas que não apenas atraem novos financiadores, mas também fortalecem a confiança daqueles que já contribuíram.

Fontes para captações de recursos:

A CEO da Espiral Soluções Socioculturais, Ingrid Reis, também lista as diversas fontes para captação de recursos. “Existem fontes de captação que podem ser exploradas para impulsionar iniciativas. Um exemplo são as aceleradoras, programas direcionados a negócios já em operação, que oferecem mentorias, estrutura de estudo, equipamentos e oportunidades de networking”.

Aceleradoras - Programas direcionados a negócios já em operação, proporcionando mentorias, estrutura de estudo, equipamentos e networking. Exemplo notável é o Projeto Legado, oferecendo investimento aos melhores avaliados);

Capital Semente - Investimento inicial, frequentemente por empresários, em negócios em estágio inicial. O investidor semente não apenas contribui financeiramente, mas também participa ativamente no desenvolvimento da empresa);

Editais - Oportunidades oferecidas por órgãos governamentais, iniciativas privadas, fundações ou institutos, disponibilizando recursos financeiros para projetos sociais. Necessita de organização e atenção aos prazos;

Investidor-anjo - Investimento realizado por pessoas físicas em empresas promissoras no início de suas atividades. Além do capital, o investidor-anjo compartilha conhecimento e facilita o acesso à sua rede de contatos;

Nota fiscal - Para organizações não governamentais, as notas fiscais podem ser uma ferramenta valiosa na captação de recursos. Consumidores podem doar pontos ao adicionar o CPF na nota fiscal, beneficiando entidades cadastradas no sistema Nota Paraná;

Leis de Incentivo - Mecanismos públicos de renúncia fiscal para estimular investimentos em projetos sociais. Empresas e indivíduos escolhem destinar parte de seus impostos para áreas como proteção à infância, cultura, esporte, entre outras);

Financiamento coletivo - Em meio à pandemia do Coronavírus, o crowdfunding emergiu como uma alternativa popular. Organizações arrecadam fundos online, permitindo que qualquer pessoa contribua por meio de plataformas específicas, como Catarse.me, Benfeitoria e Kickante. Essa modalidade amplia a participação da comunidade na arrecadação de recursos. (Michael Fernandes/Trevo Soluções)