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Cidades

Foto: Freepik

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Informações apresentadas no estudo do Trata Brasil “A vida sem saneamento: para quem falta e onde mora essa população?”, indicam que 1,332 milhões das moradias brasileiras não tinham banheiro de uso exclusivo do domicílio em 2022 - conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continuada Anual (PNADCA) do IBGE presentes no estudo.

Esse número correspondeu a 1,8% do total de residências no País. A maior parte das moradias com privação de banheiro (63,1%) estava localizada nos estados do Nordeste brasileiro, totalizando 841 mil habitações. Entre os estados do Nordeste, a maior concentração de moradias com essa privação estava no Maranhão, Bahia e Piauí. Na região Nordeste, cerca de 4 a cada 100 moradias ainda não tinham banheiro de uso exclusivo.

Mapa 1 – Moradias e população com privação de equipamento sanitário, em (%) dos totais, 2022 Moradias População

No Norte, o problema também foi grave, com 401 mil moradias sem banheiro de uso exclusivo, o que correspondeu a 30,1% do total nacional. Neste caso, contudo, a parcela que essas moradias representam no total de habitações foi ainda maior do que a nordestina: 7 a cada 100 domicílios do Norte não dispunham de banheiro de uso exclusivo. Os maiores problemas estavam nos estados do Pará e Amazonas, onde se situavam respectivamente 255 mil e 92 mil residências sem banheiro de uso exclusivo.

Tabela 1 – Os cinco estados com a maior privação de equipamento sanitário, em (%) dos totais, 2022

Em termos populacionais, o número de brasileiros que moravam nas habitações com privação de banheiro foi de 4,412 milhões de pessoas em 2022. Isso correspondeu a 2,1% da população brasileira. A maior parte do problema (60,8%) também estava localizada no Nordeste brasileiro, totalizando 2,680 milhões de pessoas. A maior concentração de pessoas com essa privação estava nos estados do Maranhão, Bahia e Piauí. No Maranhão, aproximadamente 13 a cada 100 habitantes ainda não tinham banheiro de uso exclusivo.

Outro destaque negativo foi observado no Norte, onde 1,531 milhão de pessoas vivem em moradias sem banheiro de uso exclusivo. Esse contingente demográfico correspondeu a 34,7% do total nacional. Na região, os maiores problemas estavam novamente nos estados do Pará e Amazonas, onde se situavam respectivamente 984 mil e 354 mil habitantes sem banheiro de uso exclusivo.

A carência de algo tão básico como o acesso ao banheiro nas residências compromete a saúde da população, principalmente em jovens e idosos. Isto é, uma vez que os habitantes ficam expostos a essa realidade precária se torna mais propício contrair doenças associadas à falta de saneamento. Algo que tem impacto direto no cotidiano das pessoas, afetando o desenvolvimento escolar dos jovens, a produtividade do trabalhador e o bem-estar do cidadão.