A Embrapa Pesca e Aquicultura, por meio do Núcleo Temático de Sistemas Agrícolas (NTSA), acaba de fazer parte de um seleto grupo de cientistas brasileiros que participou do livro “Soil Health and Sustainable Agriculture in Brazil”, editado pela pesquisadora Ieda Mendes, da Embrapa Cerrados, e pelo professor do Departamento de Ciência do Solo (Esalq/USP), Maurício Cherubin. “Trata-se do primeiro livro da Sociedade Americana de Ciência do Solo com assunto relativo a aspectos de fora dos EUA”, comemora o pesquisador Rodrigo Munhoz, primeiro autor do capítulo 11: “Challenges to Managing Soil Health in the Newest Agricultural Frontier in Brazil” (Desafios de Manejo da Saúde do Solo na Nova Fronteira Agrícola do Brasil, em tradução livre).
Também assinam o capítulo pela Embrapa de Tocantins os pesquisadores Balbino Evangelista e Alexandre Uhlmann, além das bolsistas Tais Sousa e Laura Paz Oliveira.
Segundo o Munhoz, a obra é um dos poucos materiais técnicos que abordam a questão da saúde do solo. “É um livro disruptivo”, resume ele, para quem o convite para a UD coordenar um capítulo sobre a fronteira agrícola reflete “um grande reconhecimento em nossa atuação, como referência, nesta região”.
O livro tem como um dos objetivos mostrar ao mundo os esforços dos pesquisadores e agricultores brasileiros para manter solos tropicais saudáveis, biologicamente ativos e produtivos. A publicação é o terceiro volume da prestigiosa série “Soil Health”, publicada pela SSSA desde 2020 e o primeiro com foco internacional sobre saúde do solo.
"Com um total de 432 páginas repletas de ilustrações, o livro apresenta 12 capítulos elaborados por 68 autores, destacando os esforços do Brasil na preparação para desafios relacionados às mudanças climáticas. O objetivo é enfrentar o crescente desafio de alimentar uma população mundial em constante expansão, tudo isso em meio a um cenário de recursos limitados", esclarece Ieda Mendes, a pesquisadora responsável. Cherubin acrescenta: "Este livro representa um marco significativo para o Brasil, pois enfatiza que a saúde do solo é a pedra angular da agricultura resiliente nos anos vindouros. Para superarmos eventos climáticos cada vez mais intensos, é imperativo que nossos solos alcancem um equilíbrio físico, químico e biológico excepcional".