As mulheres estão conquistando cada vez mais espaço no mundo dos negócios. Um levantamento realizado pelo Sebrae, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que as empreendedoras já somam mais de 10 milhões, o que representa mais de 34% do total de CNPJs ativos no país. A marca foi alcançada ainda em 2022. Mulheres que fazem a economia girar, gerando renda e emprego não só para si mesmas, mas também para milhares de outras pessoas.
Mesmo ainda longe de um cenário de equidade na quantidade de empreendedoras e empreendedores, os números são considerados positivos, mas eles não refletem os empecilhos que o público feminino enfrenta no dia a dia à frente das empresas. Segundo o próprio Sebrae, até na hora de conseguir crédito, as dificuldades são maiores para elas. Muitas vezes, as instituições enxergam nos homens mais credibilidade do que em mulheres nas mesmas condições financeiras. E assim, o sonho de ampliar a empresa, por exemplo, tem que esperar.
No Capim Dourado Shopping, em Palmas, muitos negócios pertencem à mulheres como a empresária Lorena Rego, que é proprietária de uma loja de multimarcas. No mercado há vários anos, ela já teve algumas barreiras impostas à ela, mas apostou nas próprias qualidades para vencer as adversidades. “Não desmerecendo a classe masculina, mas nós mulheres temos aptidões diferentes e particulares, somos mais sensitivas, observadoras e afetivas. Com tudo isso, se tivéssemos mais incentivos de programas governamentais para empreendedoras, veríamos mais mulheres se destacando”, conta.
Além dos problemas relacionados ao gênero, assim como todos os outros empreendedores, as mulheres enfrentam outras questões como a alta carga tributária e o excesso de burocracia, coisas que pesam ainda mais para quem está começando, como a Gabriela Campos que recém inaugurou uma loja também no Capim Dourado Shopping. “Para mim, a maior dificuldade como empreendedora é a gestão de pessoas e a carga tributária do nosso país, mas a superação dos obstáculos sempre vem dos estudos, do treinamento e do conhecimento”, destaca a empresária.
Não restam dúvidas que as experiências da Lorena e da Gabriela são fundamentais para abrir caminho para outras mulheres, afinal, é em meio a esse cenário de inspiração, conquistas e desafios, que o empreendedorismo feminino se desenvolve. Mesmo assim, ter algum apoio faz toda diferença, e isso essas empresárias encontraram no shopping, é o que explica o superintendente do Capim Dourado, Diego Góes. “A gente sabe que incentivar e dar suporte ao público feminino é contribuir para o sucesso de toda a sociedade, afinal, no Brasil, a maioria das famílias são chefiadas por mulheres e, além disso, vê-las crescer também é bom para os negócios. Quando uma mulher vence, todo mundo vence também”, afirma Diego.