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Mantendo a tendência observada no ano passado, os preços em queda obtidos no mercado internacional da carne bovina continuam sendo o grande problema do setor neste início de 2024. Na comparação com o mês de março de 2023, a movimentação total de março de 2024 (carne processada + In natura) teve queda nos preços médios de US$ 4.356 por tonelada no ano passado para US$ 4.158 neste ano. No acumulado do trimestre, os preços médios de 2023 foram de US$ 4.520 por tonelada e caíram para US$ 4.033 por tonelada nos três primeiros meses de 2024. Em 2023, os preços médios do ano já foram baixos, de US$ 4.276 por tonelada, contra US$ 5.582 em 2022 (-23%).

As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou os dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No volume, porém, a exportação está batendo recordes seguidos: em março de 2023 foram comercializadas com o exterior 162.770 toneladas, com receita de US$ 709 milhões. Em 2024, o volume subiu para 206.053 toneladas (+27%), com receita de US$ 856,9 milhões (+21%). No trimestre, a movimentação foi de 672.330 toneladas (+35%), contra 498.818 toneladas em mesmo período de 2023. A receita subiu de US$ 2,255 bilhões nos três primeiros meses de 2023 para US$ 2,712 bilhões no mesmo período de 2024 (+20%)

Segundo a Abrafrigo, a China foi o maior cliente do produto brasileiro, com participação de 41,1% do total movimentado (em 2023 a participação foi de 45,7%). No primeiro trimestre de 2023, a China comprou 228.173 toneladas, com receita de US$ 1,117 bilhão. No primeiro trimestre de 2024, aquele país importou 276.337 toneladas (+21%), com receita de US$ 1,222 bilhão (+9,4%). Os preços médios, porém, caíram de US$ 4.900 em 2023 para US$ 4.420 no período.

Os Estados Unidos, segundo maior comprador do produto brasileiro, tiveram queda ainda mais acentuada nos preços médios pagos pela carne bovina brasileira. Em 2023, no trimestre, comprou 57.990 toneladas que proporcionaram receita de US$ 254,5 milhões. Em 2024, no mesmo período, adquiriu 112.222 toneladas (+93,5%), com receita de US$ 330,2 milhões (+ 29,8%). O preço médio, no entanto, caiu de US$ 4.390 pagos por tonelada no ano passado para US$ 2.940 por tonelada neste ano.

Os Emirados Árabes entraram na terceira posição entre os 20 maiores compradores (eram quinto) em 2024, com aquisições de 41.156 toneladas (+275,4%) e receita de US$ 188,5 milhões (+270,1%). Em 2023, importaram somente 10.962 toneladas, com receita de US$ 50,9 milhões. Neste caso o preço médio quase não variou: foi de US$ 4.650 por tonelada em 2023 para US$ 4.580 por tonelada em 2024.

Hong Kong foi o quarto maior comprador da carne bovina brasileira. Em 2023 importou 24.863 toneladas, com receita de US$ 76,4 milhões no trimestre. Em 2024, adquiriu 29.666 toneladas (+ 19,3%) com receita de US$ 94,3 milhões (+ 23,4%). Os preços médios foram de US$ 3.070 em 2023 e de US$ 3.180 em 2024. No total, 80 países elevaram suas importações no primeiro trimestre de 2024 enquanto outros 63 reduziram suas aquisições.  (Abrafrigo)

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