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Foto: Marcelo de Deus/ MPTO

Foto: Marcelo de Deus/ MPTO

Diante de um auditório lotado de profissionais da imprensa e estudantes, foi realizada, na noite de terça-feira, 14, a solenidade de entrega do 7º Prêmio Ministério Público de Jornalismo. Ao todo, 10 profissionais foram reconhecidos pela publicação de matérias e fotografias pautadas pela defesa da cidadania.

O evento foi marcado por reflexões sobre a evolução desta premiação, que movimentou a imprensa ao longo das sete edições, somou 241 trabalhos inscritos, 91 trabalhos premiados e R$ 242 mil em premiação. Nesta sétima edição, foram 51 trabalhos inscritos nas quatro categorias, 43 selecionados, 12 premiados e R$ 60 mil em prêmios.

Na solenidade, também foram lembradas as transformações recentes que impactaram o jornalismo. Como foi comentado pelos apresentadores, quando o prêmio foi lançado, em 2016, termos como pós-verdade, fake news e inteligência artificial ainda não faziam parte do cotidiano.

Considerações

Na abertura do evento, o procurador-geral de Justiça, Luciano Casaroti, lembrou que a Constituição Federal de 1988, conhecida como “Constituição Cidadã”, definiu um amplo rol de direitos aos cidadãos e atribuiu ao Ministério Público a função de promover a defesa destes direitos. Conforme ele enfatizou, esse trabalho envolve parcerias, “e uma das parcerias que considero mais importantes é justamente com a imprensa”, disse.

A chefe da Assessoria de Comunicação do MPTO, Denise Soares, também destacou aspectos dessa atuação colaborativa. “Este evento é uma oportunidade de reconhecer e premiar os trabalhos dos profissionais da imprensa, que têm sido parceiros fundamentais na divulgação das ações do Ministério Público do Tocantins, levando ao conhecimento do público, em cada cidade e povoado, todo o trabalho que é desenvolvido aqui”.

Também falaram sobre a relação entre Ministério Público e imprensa os representantes das instituições apoiadoras do 7º prêmio: o presidente da Associação Tocantinense do Ministério Público (ATMP), Pedro Evandro de Vicente Rufato; a presidente da Associação dos Servidores Administrativos do Ministério Público (Asamp), Alane Torres; e a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins (Sindjor-TO), Alessandra Bacelar.

Amiga da Comunicação

Uma das novidades deste ano foi a entrega de troféu a membro do MPTO, em reconhecimento à sua colaboração com o trabalho da imprensa e com as ações institucionais de comunicação. A homenageada com o “Troféu Amiga da Comunicação” foi a promotora de Justiça Isabelle Figueiredo.

Palestra

O convidado especial da edição de 2024 do prêmio foi o jornalista Ernesto Paglia, que tem mais de 40 anos de carreira, grande parte dela como repórter da Rede Globo, onde cobriu grandes momentos da política, dos esportes e do cotidiano nacional. Ele também percorreu o oceano e diversas regiões, onde tratou sobre questões ambientais, sendo por isso convidado para falar sobre o tema “Jornalismo Ambiental - Explorando o papel da mídia na conscientização e proteção ambiental”.

Ernesto Paglia mencionou a recente tragédia do Rio Grande do Sul como um evento climático, avaliando que a perda acelerada da vegetação nas áreas de bacia hídrica agrava localmente os efeitos do aquecimento global, contribuindo com as enchentes. A perspectiva é que o evento volte a se repetir, conforme mencionou. “Nós todos contribuímos para isso”, disse.

Paglia também falou de suas experiências na Groenlândia, onde esteve por três vezes entre 1995 e 2023. Nesse curto período, de menos de três décadas, falou que já foi possível perceber que a camada de gelo sobre o mar vem diminuindo de espessura. Esse fato local, conforme explicou, implica no aumento do nível do mar e afetará a comunidade global. Nesse contexto, mencionou a importância da atuação da imprensa, em promover a conscientização, inclusive combatendo fake news.

(Foto: Marcelo de Deus/ MPTO)