O algodão baiano foi pauta da vez durante a Rota da Fibra, evento realizado pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), e que reuniu profissionais da imprensa nacional e da região oeste da Bahia, na sexta-feira (19). Na programação muita informação e visitas técnicas para apresentar aos jornalistas a cadeia produtiva do algodão da Bahia, segundo maior produtor da fibra do país.
Recepcionados pelo presidente da associação, Luís Carlos Bergamaschi, e a primeira vice-presidente, Alessandra Zanotto, os participantes conheceram mais sobre os projetos e programas da entidade. "A presença dos jornalistas na lavoura, vendo como o algodão é produzido e as ações desenvolvidas pelos produtores, associações, órgãos governamentais e institutos de pesquisa, é essencial para contar a história do campo. Nada melhor que os profissionais de comunicação para mostrar como tudo isso acontece", afirmou Bergamaschi.
Antes das visitas, foi apresentado o estudo "Retorno Socioeconômico da Cotonicultura do Oeste da Bahia", conduzido pelos professores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Aziz Galvão Junior e Gustavo Braga. "A apresentação do relatório foi muito interessante, mostrando os investimentos do agronegócio e seu retorno social. Esta iniciativa aproxima os jornalistas do agronegócio da Bahia", destacou Antônio Oliveira, da Revista Cerrado Rural Agronegócio.
Na Fazenda Agrobasso, o grupo conheceu o plantio da fibra e o Programa Fitossanitário da Abapa. Para muitos, a experiência de ver uma lavoura de algodão e uma máquina fazendo a colheita foi surpreendente. "Essa experiência superou minhas expectativas. Trabalho há cinco anos no Notícias Agrícolas e ainda não tinha visto uma lavoura de algodão ao vivo. Estou maravilhada", disse Letícia Guimarães, repórter do site. "A plantação de algodão é uma das coisas mais lindas que já vi, o mar branco da Bahia. Temos uma visão construída socialmente, mas a experiência de pisar na plantação é maior do que imaginávamos", destacou César Henrique, especialista em commodities da Revista Exame.
Foto: Divulgação Araticum ComunicaçãoOs profissionais também visitaram o Centro de Análise de Fibras da Abapa, o maior da América Latina, onde acompanharam o processo criterioso de análise das amostras até serem entregues aos produtores. Além disso, visitaram as obras de uma das estradas coordenadas pelo Programa Patrulha Mecanizada da Abapa, em parceria com o Governo do Estado, Aiba, prefeituras e com o aporte do Prodeagro, Fundeagro e Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). "Este programa já garantiu a pavimentação de 323 km de estradas e a recuperação de 3 mil km de estradas vicinais, beneficiando não só a cadeia cotonicultora, mas toda a sociedade", explicou Alessandra Zanotto.
Lucas Pacheco, repórter do portal BNews Notícias, destacou a importância do projeto. "Precisamos mostrar as potencialidades da Bahia, especialmente da região oeste. O Patrulha Mecanizada facilita o escoamento da produção, promovendo o desenvolvimento". A visita à Algodoeira Zanotto Cotton encerrou o roteiro, onde os jornalistas conheceram os processos de beneficiamento do algodão e a rastreabilidade nas fazendas da Bahia. Após um dia intenso de atividades, uma confraternização encerrou a Rota da Fibra, quando foi apresentado o Prêmio Abapa de Jornalismo 2024 que está com inscrições abertas para profissionais e estudantes que desejarem inscrever matérias sobre a cotonicultura na Bahia. (Ascom Abapa/Araticum)
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