Nesta semana, entre os dias 2 e 6 de setembro, equipes da Polícia Civil do Estado do Tocantins (PC-TO), com apoio da Concessionaria de Energia do Tocantins (Energisa), realizaram ação de combate ao furto e fraude de energia em Luzimangues, distrito de Porto Nacional e em Palmas. Ao todo, a operação realizou 183 inspeções e resultou em 43 autuações e cinco prisões.
O furto de energia é crime, previsto em código penal, sujeito a pena de até quatro anos de reclusão e multa. Além das ações da polícia, a população pode denunciar de forma discreta e anônima através de um dos canais de atendimento da Energisa.
Somente no primeiro semestre deste ano, 29.655 MWh de energia foram desviados no Tocantins. Para ilustrar, esse volume seria suficiente para atender aproximadamente 12 mil residências por um ano ou abastecer uma cidade do porte de Araguatins pelo mesmo período.
De acordo com Renato Dias, coordenador de Perdas da Energisa, a prática de furto de energia além de crime pode impactar no fornecimento de energia da população. “Vale destacar que a rede elétrica foi projetada para atender um determinado número de clientes. Desvios de energia podem prejudicar todos os usuários, causando sobrecarga na rede, oscilações, quedas de energia e danos a equipamentos e transformadores”, relembrou.
Além do crime, a prática pode provocar acidente com choque elétrico, iniciar um incêndio e até óbito. A fraude compromete a segurança das instalações elétricas, pode causar sobrecarga e curto-circuito, queima de equipamentos e até impactar negativamente a qualidade do fornecimento de energia que chega para as casas dos clientes que estão ligados legalmente.
No Tocantins, as ações para identificar e aplicar a lei nas autuações, são realizadas pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes Praticados contra Concessionárias de Serviços Públicos, com apoio da Distribuidora de Energia do Tocantins.
Mas, existe outro agente importante nessa equação, diretamente impactado pelas fraudes: o consumidor regular. “Denunciar casos de ligações clandestinas é muito importante, uma vez que todos os usuários acabam pagando pelos custos desses crimes. É fundamental que a população esteja ciente dos riscos e prejuízos associados ao furto de energia elétrica e utilize-a de forma responsável e legal, garantindo a segurança e o bem-estar de todos”, destacou ainda o coordenador.
Dados
Em 2023, a quantidade de energia furtada foi de 35.492 MWh. Um balanço feito pela Concessionária em parceria com a Polícia Civil mostrou que, no ano passado, 31.918 inspeções conjuntas foram realizadas e 4.085 casos de furtos foram identificados. Além disso, foram registrados 139 boletins de ocorrências, o que equivale a uma média de um a cada três dias.
Como denunciar
O furto de energia é crime, conforme previsto no Código Penal, no art. 155 e art. 171, com pena de até quatro anos de reclusão e multa. Denunciar o furto de energia é simples e sigiloso. Para isso, basta entrar em contato com a Energisa por meio de um dos canais de atendimento como Call Center no número 0800 721 3330, no site energisa.com.br, Facebook ou Twitter, agência de atendimento presencial da sua cidade, pelo aplicativo Energisa On ou ainda pelo WhatsApp da Gisa, no endereço www.gisa.energisa.com.br.