Com os objetivos de prevenir e controlar o bicudo-do-algodoeiro, principal praga que ataca a cultura do algodão, o estado do Tocantins inicia dia 20 de setembro e segue até 20 de novembro, o período de vazio sanitário. Nesse intervalo de 60 dias, estão proibidos a manutenção e o plantio da cultura no campo. Na safra 2023/2024, o Estado registrou crescimento de 37,1% na área cultivada, passando de 6,2 mil hectares para 8,5 mil hectares.
O responsável técnico pelo Programa Estadual de Grandes Culturas da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), Marco Aurélio Vaz, explica que o correto cumprimento dessa medida por parte do produtor ajuda a garantir uma produção mais sustentável, além de contribuir para o fortalecimento da cadeia produtiva, confirmando que a Adapec está fazendo a sua parte. “Realizaremos o monitoramento e a verificação a campo para garantir que não haja plantas com risco fitossanitário nas áreas de cultivo dentro do período proibitivo”, afirma.
A legislação prevê que, se for encontrada a presença de plantas com risco fitossanitário, o processo de eliminação é de responsabilidade do proprietário ou ocupante da área, e o produtor deve fazê-lo de forma mecânica ou química. Caso sejam descumpridas as normas, o proprietário estará sujeito a sanções previstas em lei.
Dados
No Tocantins, a área plantada do algodoeiro cresceu 37,1%, passando 6,2 mil hectares cadastrados na safra 2022/2023 para 8,5 mil hectares de cultivo de algodão na safra 2023/2024. Os municípios que se destacaram com a maior produção de algodão foram: Campos Lindos, Dianópolis e Nova Rosalândia.
Bicudo-do-algodoeiro
Os adultos são besouros com coloração cinza ou castanha, medindo de 3 mm a 7 mm de cumprimento. Infestam as lavouras de algodão desde o início da emissão de botões florais até a colheita, podendo ter de 4 a 6 gerações em um ciclo da cultura e, se não forem controlados, podem causar perdas de até 70% da produção.