A construção civil chega ao final de 2024 aquecida, no Tocantins. Só no primeiro semestre deste ano foram abertas quase 1.800 pequenas empresas nesse ramo, no estado, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Morar bem virou prioridade da maior parte das famílias brasileiras e essa vontade somada às melhores condições financeiras tem resultado em números econômicos positivos.
De acordo com o levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), de janeiro a agosto, a construção brasileira apresentou um crescimento de 3,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior, superando o esperado. O aquecimento da construção civil gera uma reação em cadeia, influenciando positivamente outros segmentos como o setor de serviços e a indústria metalúrgica, que, hoje, é essencial para que qualquer obra saia do papel.
Os efeitos do bom momento vivido na construção chegam, por exemplo, às lojas que comercializam ferro e aço, como explica o gerente comercial da Mundo dos Ferros, uma empresa com atuação nesse ramo na capital, Higor Rodrigues. “Temos notado, ao longo deste ano, o aumento da procura nas duas unidades da loja, o que para nós é motivo de comemoração. A construção civil é a maior compradora de ferro e aço atualmente, então, nós dependemos dela”, afirma.
Com obras que precisam ser executadas cada vez mais rápido, o uso do aço se torna ainda mais imprescindível na construção civil. “O aço é mais leve e resistente que o concreto e várias peças ainda tem a opção de ser adquiridas pré-moldadas, assim se ganha qualidade e tempo na hora de construir, especialmente nas fundações estruturais do imóvel”, acrescenta o gerente.
Os vergalhões, as treliças, as telas soldadas e os perfis metálicos são alguns dos muitos produtos feitos com aço e ferro mais utilizados atualmente em obras. De acordo com o Instituto Aço Brasil, a construção civil já é responsável por 37% do consumo de aço no país, sendo a maior consumidora de produtos siderúrgicos no Brasil.