A habitual dificuldade dos brasileiros com o planejamento financeiro ganha um novo alerta neste Dia Mundial da Saúde (7 de abril), com os dados de uma pesquisa realizada pela Serasa e dr.consulta. O estudo revela que apenas 16% dos entrevistados conseguem manter uma reserva para despesas médicas inesperadas, evidenciando não apenas os desafios financeiros, mas também a necessidade de um cuidado preventivo com a saúde.
De acordo com a análise da pesquisa, investir na prevenção contribui para a redução de riscos de complicações médicas e pode evitar emergências que afetam tanto o bem-estar quanto a estabilidade financeira.
A falta de reserva para emergências médicas preocupa: 52,9% dos entrevistados não possuem nenhuma reserva financeira para situações inesperadas. Patrícia Camillo, especialista em educação financeira da Serasa, reforça a importância de incorporar o quesito saúde ao planejamento financeiro mensal. “Ainda que em pequenos passos, criar uma reserva para urgências é preciso para não afetar ainda mais a saúde física e a mental, que vão impactar diretamente o orçamento”, diz Patrícia. “Investir em prevenção, com a adoção de hábitos saudáveis e acompanhamento contínuo, também garante equilíbrio financeiro para o bolso”, alerta a especialista.
Quando questionados sobre os valores que estão dispostos a investir em saúde, 36,4% dos brasileiros estão dispostos a gastar até R$ 300 mensalmente em sua saúde pessoal. Apenas 6,6% afirmam que estariam dispostos a investir mais de mil reais para o mesmo propósito.
Saúde mental e financeira
Entre os entrevistados, 30,6% afirmam que o principal objetivo em relação à saúde da sua família atualmente é a saúde mental e 67,8% concordam que a situação financeira impacta na ansiedade. Apesar desse impacto, 55,8% dos participantes nunca buscaram ajuda psicológica para lidar com esses desafios.
“O principal destaque desse levantamento é a conscientização sobre a relação entre finanças e saúde, incluindo tanto o bem-estar físico quanto o mental. O estudo reforça ainda a importância do cuidado preventivo e da atenção primária, que vão além do simples acesso a serviços médicos – trata-se de um acompanhamento contínuo e integral. Pequenas ações, como check-ups regulares e o controle de condições crônicas, podem evitar problemas mais graves no futuro, reduzindo tanto o impacto na qualidade de vida quanto os custos com tratamentos emergenciais. Priorizar a saúde desde cedo é essencial para garantir bem-estar e estabilidade em todos os aspectos da vida”, alerta Paulo Yoo, diretor médico de Experiência e Programas de saúde do dr.consulta. (Com informações Três Comunicação)