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Economia

Foto: Freepik

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Na capital tocantinense, morar de aluguel ainda é a realidade para uma parcela significativa da população. Segundo dados recentes da Brain Inteligência Estratégica, 38,3% dos domicílios da cidade são ocupados por inquilinos — esse percentual chega a alarmantes 51,1% nas chamadas zonas de influência primária, áreas com alto potencial de expansão urbana. Em paralelo, mais de 30% das famílias da cidade possuem renda entre R$ 5 mil e R$ 10 mil mensais, faixa considerada média no cenário habitacional brasileiro. 

Essa equação — alta taxa de locação e renda média consolidada — mostra que há um enorme potencial de demanda por habitação própria em Palmas. É justamente esse cenário que será debatido no painel 7 do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção (FNNIC), que acontece nos dias 29 e 30 de maio, no Palácio Araguaia. O tema central será o papel do FGTS como instrumento estratégico de acesso à moradia para a classe média, especialmente dentro do programa Minha Casa Minha Vida. 

Além disso, o levantamento revela que 42% da população de Palmas está na faixa etária entre 25 e 49 anos — grupo que representa o pico da maturidade financeira e, portanto, da intenção de compra imobiliária.  

“O FGTS pode ser uma poderosa alavanca para transformar esse desejo em realidade. Hoje, muitas famílias que pagam aluguel têm renda suficiente para financiar um imóvel, mas esbarram na falta de entrada ou em taxas de juros ainda pouco acessíveis”, afirma Marcos Holanda, presidente do FNNIC. “É hora de rediscutir o uso do fundo como política pública voltada também para a classe média, que muitas vezes fica invisível nas estratégias tradicionais de habitação.” 

O Fórum, que reúne autoridades como o Ministro das Cidades, Jader Filho, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, governadores do TO, AP e AC, além de lideranças empresariais e especialistas do setor, traz uma agenda extensa sobre habitação, infraestrutura, inovação e sustentabilidade na construção civil. Entre os temas em destaque estão também a industrialização da construção, inteligência artificial na gestão de obras e oportunidades com obras públicas estruturantes. 

Com mais de 1.500 participantes presenciais e 2.000 espectadores online nas últimas edições, o FNNIC se consolida como a principal plataforma de articulação regional do setor da construção fora do eixo Sul-Sudeste. 

Foto: Divulgação Precisa/AI