A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, 17, a “Operação Duplo Ardil”, com o objetivo de desarticular um suposto grupo criminoso especializado em fraudar benefícios de salário-maternidade, dando cumprimento a dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Gurupi/TO e Araguaína/TO.
As investigações indicam que os envolvidos teriam fraudado centenas de benefícios, causando um prejuízo estimado em mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos. O modus operandi consistia em cooptar mulheres que haviam sido mães recentemente, criar vínculos empregatícios fictícios em nome delas e, em seguida, requerer o benefício junto à Previdência Social.
De acordo com a PF, após o recebimento das parcelas, as beneficiárias eram obrigadas a repassar metade do valor aos integrantes do grupo criminoso. Em alguns casos, as mães sequer tinham conhecimento da fraude e acabavam ficando em débito com o INSS.
Os suspeitos poderão ser indiciados e responder pelos crimes de estelionato majorado e associação criminosa, previstos nos artigos 171, §3º, e 288 do Código Penal, cujas penas somadas podem chegar a 9 anos e 8 meses de reclusão.
Duplo Ardil
O nome da operação, "Duplo Ardil", faz referência à estratégia utilizada pelo grupo, que enganava simultaneamente a Previdência Social e as próprias beneficiárias, utilizando vínculos empregatícios fictícios para obter os benefícios de forma ilícita. (Com informações da PF/TO)