O Índice de Confiança da Construção (ICST) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) subiu 0,7 ponto em junho, para 94,0 pontos, e interrompe a queda observada nos últimos dois meses. Na média móvel trimestral, o índice voltou a ceder, desta vez, 0,4 ponto, sexta queda seguida.
“As medidas recentes, de criação de nova faixa para o programa Minha Casa Minha Vida, trouxeram perspectivas mais positivas para a demanda e alavancaram as expectativas das empresas do mercado de Edificações. Assim, após duas quedas consecutivas, em junho a confiança setorial cresceu. De todo modo, o ambiente de negócios permanece mais hostil e desafiador, o que tem contribuído para uma percepção em relação à situação corrente dos negócios mais negativa: as empresas chegaram em junho menos confiantes do que há um ano”, observou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.
A alta da confiança da construção, neste mês, foi impulsionada pela melhora das perspectivas para os próximos meses. O Índice de Expectativas cresceu 1,7 ponto, atingindo 96,3 pontos, maior nível desde dezembro do ano passado (97,5 pontos). O Índice de Situação Atual ficou ligeiramente estável ao variar -0,2 ponto, para 92,0 pontos.
Os dois componentes do ISA-CST variaram em sentidos opostos: o indicador de situação atual dos negócios avançou 0,4 ponto, alcançando 91,6 pontos, e o indicador de volume de carteira de contratos recuou 0,8 ponto, para 92,4 pontos. Já entre os componentes do IE-CST, os dois indicadores subiram: demanda prevista nos próximos três meses cresceu de 1,8 ponto, alcançando 97,7 pontos, e tendência dos negócios aumentou 1,5 ponto, para 94,8 pontos.
O NUCI da Construção variou -0,2 ponto percentual (p.p.), chegando aos 79,3%. O NUCI de Mão de Obra ficou estável, enquanto o NUCI de Máquinas e Equipamentos variou 0,3 ponto percentual, para 81,0% e 73,9%, respectivamente.